segunda-feira, 6 de junho de 2011

TARIFA AÉREA DEVE SUBIR COM PREÇO DO PETRÓLEO, VÊ ESPECIALISTA



Passageiros estão se deparando com tarifas mais altas, já que as companhias aéreas tentam repassar um incremento estimado em US$ 50 bilhões no preço dos combustíveis este ano, afirmou um órgão líder do setor na Ásia nesta sexta-feira.
Andrew Herdman, diretor-geral da Associação de Companhias Aéreas da Ásia-Pacífico, disse que as tarifas terão que aumentar 10% para compensar os altos preços do petróleo, mas analistas questionaram se as companhias conseguirão repassar os custos por completo.
Seus comentários antecipam o encontro anual da Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos), no qual companhias aéreas globais devem cortar suas previsões de lucro.
"No ano passado, quase nos acostumamos ao preço [do petróleo] a US$ 80 o barril e tivemos um ótimo ano. Mas com os preços a US$ 100 ou mais, o desafio agora é como repassar o alto custo", disse Herdman em uma entrevista.
"No momento, o setor está basicamente lidando com um aumento de custo anualizado de US$ 50 bilhões e isso deve elevar as tarifas. Quando as receitas estão [ao redor] de US$ 500 bilhões, as taxas têm que aumentar em 10%", acrescentou.
Em 2010, o setor se recuperou da recessão mais rápido que o esperado, reportando lucro recorde de US$ 16 bilhões graças ao crescimento da demanda e a estratégias para aumentar a capacidade de passageiros. Mas o Iata afirmou que sua recente previsão de lucro de US$ 8,6 bilhões em 2011 agora parece otimista e pode ser reduzida na segunda-feira.
O Iata usou um preço médio de US$ 96 o barril para o petróleo tipo Brent quando calculou sua previsão, mas o preço médio anual até o momento já passa de US$ 110 o barril.
Herdman disse que um preço médio de US$ 120 para o barril pode resultar em perdas anuais para o setor, porque opera em margens razoavelmente apertadas.
No pico da recessão global em 2009, o setor reportou uma perda anual de quase US$ 10 bilhões, forçando as companhias aéreas a reduzir sua capacidade ao tirar aeronaves de circulação e reduzir sua ocupação.

(Fonte : Ag. Reuters, em Cingapura / imagem divulgação)

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