segunda-feira, 4 de abril de 2011

O FUTURO DO TURISMO NO BRASIL


O Brasil está apostando todas as fichas na Copa do Mundo de 2014. As cidades-sede, apesar das muitas críticas e atrasos, se desdobram para começar as obras de mobilidade urbana e outras que são obrigatórias, segundo o caderno de encargos da Fifa. Serão muitos os setores a serem beneficiados e a geração de empregos com certeza vai acontecer. Um dos setores econômicos que mais devem apresentar crescimento é o do turismo. O setor de turismo já é responsável pela geração de 7,2 milhões de empregos no Brasil. Desse total, 870 mil estarão na linha de frente na Copa do Mundo de Futebol em 2014, lidando diretamente com os turistas. No mês do Campeonato Mundial, o número de visitantes deverá alcançar a marca de 3,6 milhões, sendo 600 mil estrangeiros. Os dados foram divulgados pelo ministro do Turismo, Pedro Novais. Segundo o Ministério do Turismo, atualmente, o setor de turismo já responde por 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e afirmou que a meta é chegar ao final da década com 8% de participação. O ministro esteve no lançamento de um programa do Serviço Social do Comércio (Senac) que vai oferecer 1 milhão de oportunidades para capacitação profissional dos trabalhadores que pretendem atuar no Mundial de 2014. Serão oferecidos cursos profissionalizantes nas áreas de turismo, gastronomia, idiomas, hotelaria, segurança, saúde e informática. Para se candidatar a uma vaga, basta procurar qualquer unidade do Senac ou buscar informações na página do programa na internet. Cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, que sediarão a abertura e encerramento da Copa, têm toda estrutura necessária e se preocupam mais com itens como a segurança. O Rio, por sinal, ganhou muito com a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Essa visita serviu como marketing para o Rio, que tanto foi criticado na solenidade de escolha do país como sede dos jogos em 2014. Vale sempre lembrar que o Rio também sediará os jogos olímpicos de 2016. Cuiabá precisa avançar muito nesse setor. Os investimentos têm que ser pesados e há grande preocupação em relação a esse assunto. O Pantanal Mato-grossense, conhecido mundialmente, não tem estrutura para receber turistas em larga escala. A Transpantaneira está entregue ao abandono e os empresários do setor turístico sempre vivem reclamando da falta de apoio do governo. Não existe, na prática, um planto turístico para a região. O Aeroporto Marechal Rondon é séria preocupação e as obras de mobilidade urbana, pelo menos por enquanto, estão apenas no papel. O tempo passa e a preocupação aumenta. Potencial não falta para Mato Grosso, o que falta mesmo é vontade política e dinheiro para dar ao Pantanal, Chapada dos Guimarães, Araguaia e outras regiões, a estrutura necessária para bem receber. É uma questão que deve ser vista com mais carinho e como prioridade.

(Fonte : Editorial Gazeta Digital)

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