Apenas
10% dos bilhetes dos voos previstos para o período da Copa do Mundo foram
vendidos até agora. Em entrevista nesta sexta-feira, 21, o diretor-presidente
da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, informou que
Natal e Fortaleza são as cidades-sede do torneio que tiveram maior procura de
passagens, em torno de 40%. As vendas, porém, não forma motivadas pelo futebol.
A
Anac avalia que as capitais do Rio Grande do Norte e do Ceará têm maior fluxo
por causa das praias e do período de férias. "A média de ocupação de voos
nas cidades-sede está em 10%. Natal e Fortaleza estão com cerca de 40% e a
maior taxa é do aeroporto de Campina Grande, que não tem Copa, mas tem São
João. Lá, a ocupação é maior", disse Guaranys.
A
boa notícia dada pelo diretor-presidente da Anac é a redução dos preços das
passagens. Segundo Guaranys, nos últimos dias, a agência registrou uma queda de
25% nos preços das passagens aéreas para o período da Copa. Para o executivo,
isso reflete uma maior oferta de assentos. Guaranys afirmou que há tendência de
diminuição de passageiros executivos durante a Copa e aumento no fluxo de
turistas.
Ele disse que as empresas que já venderam passagens para os voos que sofrerão restrições terão de realocar os compradores em outros voos ou fazer o ressarcimento dos valores pagos.
Ele disse que as empresas que já venderam passagens para os voos que sofrerão restrições terão de realocar os compradores em outros voos ou fazer o ressarcimento dos valores pagos.
Os
números foram apresentados em entrevista no VI Comando Aéreo Regional, em
Brasília, quando foram divulgadas também ações de tráfego e defesa aérea
planejadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) para o período da Copa. O plano
valerá entre os dias 12 de junho a 13 de julho, apenas nos dias de jogos e nas
cidades onde ocorrerem partidas.
Restrições
Pelo
menos 800 voos serão atingidos por restrições de uso do espaço aéreo durante as
partidas. As autoridades da Aeronáutica apontaram que o aeroporto de Santos
Dumont (RJ) será o mais afetado pelas restrições de voos. Por outro lado,
Galeão (RJ), Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Brasília (DF), Confins (MG),
Augusto Severo (RN), Campinas (SP) e Porto Alegre (RS) não terão restrição
alguma.
Os
aeroportos que vão sofrer restrições são os de Curitiba (PR), onde pousos e
decolagens serão proibidos nos horários dos jogos; Cuiabá (MT) e São Gonçalo do
Amarante (RN), com decolagens proibidas na hora das partidas; Santos Dumont
(RJ), Recife (PE), Manaus (AM) e Salvador (BA), com pousos suspensos nos
horários dos jogos. Pampulha e Fortaleza também terão restrições, informou a
Aeronáutica.
O
plano de defesa aérea preparado para a Copa prevê proibições de voos nas áreas
dos jogos três horas antes e quatro horas depois, na abertura e na final da
Copa; uma hora antes e até três horas depois, nos jogos da primeira fase; e uma
hora antes e até quatro horas depois, nas partidas das demais fases, quando
poderão ocorrer prorrogações e disputas de pênaltis.
O
comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra),
Major-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Egito do Amaral, disse esperar para breve
um novo decreto adaptando as regras sobre o abate de aeronaves suspeitas para a
Copa do Mundo. A norma que vale hoje abrange apenas o combate ao narcotráfico e
em áreas poucos povoadas. "O Comando da Aeronáutica entende que há
limitações desse decreto para esse cenário (da Copa do Mundo). Temos esperança
que seja publicado em breve (o novo decreto)", disse Egito do Amaral.
A
Força Aérea destaca que as 11 bases aéreas distribuídas pelo País serão
disponibilizadas para as delegações estrangeiras esportivas e de Estado que
chegarão ao País durante a Copa. No entanto, até agora a FAB registrou
consultas somente para o uso das bases do Galeão, Brasília e Fortaleza, mas os
solicitantes ainda não confirmaram se realmente aceitarão a oferta.
(Fonte : Jornal O Estado de São
Paulo)
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