segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

DE OLHO NA RECEPTIVIDADE DE TURISTAS, SÃO PAULO CRIA O INÉDITO DICIONÁRIO DE PAULISTANÊS


 

Faltando pouco mais de quatro meses para o início da Copa do Mundo de Futebol no Brasil e com o objetivo de melhorar ainda mais a receptividade dos turistas que vêm para a capital paulista, a São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos que dá suporte à Secretaria Especial para Assuntos de Turismo da Prefeitura de São Paulo) acaba de lançar o Dicionário de Paulistanês.
Disponível na versão on-line acessível pelo site cidadedesaopaulo.com/paulistanes, trata-se de um compilado bem-humorado e descontraído de palavras, gírias e expressões faladas na cidade de São Paulo, que servirá como guia para turistas, visitantes e até mesmo para moradores.
Ao todo, o Dicionário de Paulistanês possui mais de 150 palavras acompanhadas de foto, além de tradução em inglês e áudio, típicas da fala do paulistano. Em cada verbete também há exemplos de uso em situações do cotidiano informal.
A maioria dos vocabulários do paulistano é proveniente da diversidade cultural e de costumes encontrados na cidade, conhecida pela característica cosmopolita. Há influência dos quatro cantos do Brasil e do mundo, como o “bafão” originário do francês “basfond”, o “best” do inglês “best-friend” ou o “C” do português “vossa mercê”.
 
Balaio linguístico
 
Assim como em outras cidades brasileiras a “carne seca” é chamada de “charque” ou “jabá”, em São Paulo é possível aprender o significado de palavras como “sinal”, que vira “farol” para indicar a sinalização de trânsito, o “meio-fio” ou também “guia” da calçada, e o “totó”, clássico jogo de futebol de mesa apelidado de “Pebolim” em paulistanês, entre muitas outras.
Na seção de “Gastronomia”, os curiosos poderão descobrir como é chamado, em São Paulo, uma bergamota, um pão com manteiga ou assado no forno. O público vai saborear o significado de “geladinho” (o chupe-chupe) e compreender o que é comer um “virado à paulista”, uma “mistura” ou tomar um “pingado”.
Além de um glossário completo da linguagem “paulistânica” e de um rico cardápio gastronômico, há também algumas regras ortográficas e fonéticas em “Mania de Paulistano”. Um exemplo é o fenômeno da supressão do “r” em verbos no infinitivo, como “eliminá” em vez de “eliminar”, ou ainda expressões tradicionais com discordância verbal, como visto na célebre frase “Um chopps e dois pastel”.
Os diferentes sotaques de São Paulo, como o italiano do bairro do Bixiga, o sírio-libanês da região da Rua 25 de Março, o coreano do Bom Retiro ou o boliviano do Pari, entre outros, não poderiam estar de fora e podem ser encontrados em “Dialetos da Cidade”.
Por fim, conversas corriqueiras do dia a dia, que a princípio parecem complicadas de serem compreendidas por quem é de fora, são facilmente explicadas em “Traduções”. Ficou curioso? Então, não fique “boiando” e corra para Dicionário de Paulistanês. E aproveite porque está “na faixa”.
Os interessados também podem contribuir e enviar sugestões de novas palavras, gírias e expressões para que o conteúdo do glossário seja colaborativo e o mais completo possível.
O Dicionário de Paulistanês está disponível em: cidadedesaopaulo.com/paulistanes
 
(Fonte : SPTuris)

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