Faltando pouco mais de quatro meses para o início da Copa do Mundo de
Futebol no Brasil e com o objetivo de melhorar ainda mais a receptividade dos
turistas que vêm para a capital paulista, a São Paulo Turismo (SPTuris, empresa
municipal de turismo e eventos que dá suporte à Secretaria Especial para
Assuntos de Turismo da Prefeitura de São Paulo) acaba de lançar o Dicionário
de Paulistanês.
Disponível na versão on-line acessível pelo site cidadedesaopaulo.com/paulistanes,
trata-se de um compilado bem-humorado e descontraído de palavras, gírias e
expressões faladas na cidade de São Paulo, que servirá como guia para turistas,
visitantes e até mesmo para moradores.
Ao todo, o Dicionário de Paulistanês possui mais de 150 palavras
acompanhadas de foto, além de tradução em inglês e áudio, típicas da fala do
paulistano. Em cada verbete também há exemplos de uso em situações do cotidiano
informal.
A maioria dos vocabulários do paulistano é proveniente da diversidade
cultural e de costumes encontrados na cidade, conhecida pela característica
cosmopolita. Há influência dos quatro cantos do Brasil e do mundo, como o “bafão”
originário do francês “basfond”, o “best” do inglês “best-friend” ou o “C” do
português “vossa mercê”.
Balaio linguístico
Assim como em outras cidades brasileiras a “carne seca” é chamada de
“charque” ou “jabá”, em São Paulo é possível aprender o significado de palavras
como “sinal”, que vira “farol” para indicar a sinalização de trânsito, o
“meio-fio” ou também “guia” da calçada, e o “totó”, clássico jogo de futebol de
mesa apelidado de “Pebolim” em paulistanês, entre muitas outras.
Na seção de “Gastronomia”, os curiosos poderão descobrir como é chamado,
em São Paulo, uma bergamota, um pão com manteiga ou assado no forno. O público
vai saborear o significado de “geladinho” (o chupe-chupe) e compreender o que é
comer um “virado à paulista”, uma “mistura” ou tomar um “pingado”.
Além de um glossário completo da linguagem “paulistânica” e de um rico
cardápio gastronômico, há também algumas regras ortográficas e fonéticas em
“Mania de Paulistano”. Um exemplo é o fenômeno da supressão do “r” em verbos no
infinitivo, como “eliminá” em vez de “eliminar”, ou ainda expressões
tradicionais com discordância verbal, como visto na célebre frase “Um chopps e
dois pastel”.
Os diferentes sotaques de São Paulo, como o italiano do bairro do
Bixiga, o sírio-libanês da região da Rua 25 de Março, o coreano do Bom Retiro
ou o boliviano do Pari, entre outros, não poderiam estar de fora e podem ser
encontrados em “Dialetos da Cidade”.
Por fim, conversas corriqueiras do dia a dia, que a princípio parecem
complicadas de serem compreendidas por quem é de fora, são facilmente
explicadas em “Traduções”. Ficou curioso? Então, não fique “boiando” e corra
para Dicionário de Paulistanês. E aproveite porque está “na faixa”.
Os interessados também podem contribuir e enviar sugestões de novas
palavras, gírias e expressões para que o conteúdo do glossário seja
colaborativo e o mais completo possível.
O Dicionário de Paulistanês está disponível em: cidadedesaopaulo.com/paulistanes
(Fonte : SPTuris)
Nenhum comentário:
Postar um comentário