A
Grande São Paulo receberá o seu quarto aeroporto no fim de 2014. Destinado
exclusivamente à aviação executiva, o projeto será desenvolvido e operado integralmente
pelo setor privado.
O
ministro da Aviação Civil, Moreira Franco (PMDB), assinou, em São Paulo,
autorização para a Hárpia Logística construir um aeródromo voltado à aviação
geral - jatos executivos, helicópteros e táxis aéreos - em Parelheiros, zona
sul da cidade.
Trata-se
do primeiro aeródromo no país a ser explorado pelo modelo de autorização - estratégia
antecipada pela Folha em junho de
2012 e que foi regulamentada em dezembro pelo decreto 7.871.
A
regra permite que empresas operem aeroportos para voos executivos de uso
público e cobrem tarifas. Em troca, os empreendedores assumem a execução da
obra, a manutenção e a segurança do local.
Os
empresários por trás do projeto são André Skaf --filho do presidente da Fiesp,
Paulo Skaf (PMDB) - e Fernando Camargo de Arruda Botelho - filho de Fernando
Botelho, acionista já morto do Grupo Camargo Corrêa.
Segundo
Skaf, o aeródromo terá capacidade para operar de 150 mil a 160 mil pousos e decolagens
por ano.
A
estrutura financeira do projeto, que custará R$ 1 bilhão, está sendo avaliada
pela Hárpia, que foi procurada por fundos estrangeiros.
Segundo
ele, a localização do aeroporto tem atraído investidores. "Mas não temos
certeza se queremos um sócio no projeto", afirma.
Para
facilitar o acesso, a Hárpia solicitou ao governo estadual autorização para
construir uma via que ligue o aeródromo ao Rodoanel.
Com
a autorização da Secretaria de Aviação Civil em mãos, a Hárpia pedirá aval para
operar também voos executivos internacionais.
CADEIA
Além dos empregos diretos gerados pelo projeto - estimados entre 3.000 e 5.000 pela Hárpia -, a construção de aeroporto voltado exclusivamente à aviação executiva pode gerar uma cadeia de negócios voltados ao segmento, segundo Respício do Espírito Santo, professor da UFRJ.
CADEIA
Além dos empregos diretos gerados pelo projeto - estimados entre 3.000 e 5.000 pela Hárpia -, a construção de aeroporto voltado exclusivamente à aviação executiva pode gerar uma cadeia de negócios voltados ao segmento, segundo Respício do Espírito Santo, professor da UFRJ.
"Existe
um leque enorme de serviços a serem explorados", diz. Apesar de o Brasil
ter a segunda maior frota de aviação geral do mundo, nenhum aeroporto do país
tem terminal exclusivo para esse tipo de usuário.
Já
a intenção de aliviar a pressão de uso sobre os terminais públicos, como
Congonhas, pode não se confirmar, segundo o especialista.
"Um
aeroporto exclusivo para a aviação executiva abre espaço para voos comerciais
nos demais. Resta saber se o governo vai permitir isso."
(Fonte : Jornal Folha de São
Paulo)
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