quinta-feira, 25 de julho de 2013

SÃO PAULO TERÁ AEROPORTO 100% PRIVADO EM PARELHEIROS


 
A Grande São Paulo receberá o seu quarto aeroporto no fim de 2014. Destinado exclusivamente à aviação executiva, o projeto será desenvolvido e operado integralmente pelo setor privado.
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco (PMDB), assinou, em São Paulo, autorização para a Hárpia Logística construir um aeródromo voltado à aviação geral - jatos executivos, helicópteros e táxis aéreos - em Parelheiros, zona sul da cidade.
Trata-se do primeiro aeródromo no país a ser explorado pelo modelo de autorização - estratégia antecipada pela Folha em junho de 2012 e que foi regulamentada em dezembro pelo decreto 7.871.
A regra permite que empresas operem aeroportos para voos executivos de uso público e cobrem tarifas. Em troca, os empreendedores assumem a execução da obra, a manutenção e a segurança do local.
Os empresários por trás do projeto são André Skaf --filho do presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB) - e Fernando Camargo de Arruda Botelho - filho de Fernando Botelho, acionista já morto do Grupo Camargo Corrêa.
Segundo Skaf, o aeródromo terá capacidade para operar de 150 mil a 160 mil pousos e decolagens por ano.
A estrutura financeira do projeto, que custará R$ 1 bilhão, está sendo avaliada pela Hárpia, que foi procurada por fundos estrangeiros.
Segundo ele, a localização do aeroporto tem atraído investidores. "Mas não temos certeza se queremos um sócio no projeto", afirma.
Para facilitar o acesso, a Hárpia solicitou ao governo estadual autorização para construir uma via que ligue o aeródromo ao Rodoanel.
Com a autorização da Secretaria de Aviação Civil em mãos, a Hárpia pedirá aval para operar também voos executivos internacionais.

CADEIA

Além dos empregos diretos gerados pelo projeto - estimados entre 3.000 e 5.000 pela Hárpia -, a construção de aeroporto voltado exclusivamente à aviação executiva pode gerar uma cadeia de negócios voltados ao segmento, segundo Respício do Espírito Santo, professor da UFRJ.
"Existe um leque enorme de serviços a serem explorados", diz. Apesar de o Brasil ter a segunda maior frota de aviação geral do mundo, nenhum aeroporto do país tem terminal exclusivo para esse tipo de usuário.
Já a intenção de aliviar a pressão de uso sobre os terminais públicos, como Congonhas, pode não se confirmar, segundo o especialista.
"Um aeroporto exclusivo para a aviação executiva abre espaço para voos comerciais nos demais. Resta saber se o governo vai permitir isso."
 
(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

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