sexta-feira, 9 de novembro de 2012

RELATÓRIO DO TCU PREVÊ CAOS EM 2014


Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovaram, ontem, em plenário, o relatório que considera preocupante a situação atual das obras para a Copa do Mundo de 2014. De acordo com o documento, do total de obras previstas na matriz de responsabilidades, muitas não ficarão prontas a tempo dos jogos. A área mais crítica é a de mobilidade urbana — cinco projetos só serão concluídos depois da Copa. Três portos (Rio de Janeiro, Santos e Manaus) também irão atrasar. Os ministros do TCU ainda colocaram em dúvida a capacidade de oferta de vagas em hotel durante os jogos. Na visão do relator, Valmir Campelo, é possível que os problemas verificados na realização da conferência climática Rio +20, em junho deste ano, se repitam, com preços abusivos e ausência de leitos.
Das 12 obras em aeroportos previstas para conclusão até o último trimestre de 2013, cinco não foram sequer iniciadas. A reforma do terminal de passageiros do Aeroporto de Brasília, já em andamento, é uma das que estão atrasadas. Com prazo inicial de duração de seis meses, passou para 15 meses.

INÉRCIA

Na área de mobilidade, grande parte dos projetos não recebeu nenhum centavo até agora. Dos 44 empreendimentos com financiamento firmado com a Caixa Econômica, 38 ainda não foram contemplados com a primeira parcela. O Distrito Federal, que não vai contar, para a Copa, com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligaria o aeroporto ao centro da cidade, ainda não realizou a licitação para aumentar a capacidade da Estrada Parque Aeroporto.
O Brasil foi anunciado pela FIFA como país sede da Copa em outubro de 2007. Em maio de 2009, as 12 cidades que sediarão o evento foram selecionadas. A criação da matriz de responsabilidades foi determinada pelo TCU devido às dificuldades registradas no planejamento dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. O orçamento do evento se multiplicou e até hoje há processos no TCU a serem analisados. Da matriz de responsabilidades apresentada pelo governo em janeiro de 2011 até hoje, o custo de realização do evento pulou de R$ 23,8 bilhões para R$ 27,4 bilhões.

(Fonte : Jornal Correio Braziliense)

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