terça-feira, 31 de julho de 2012

CONFIANÇA DO SETOR DE SERVIÇOS EM JULHO É A MENOR DESDE 2009, DIZ FGV


O otimismo do setor de serviços caiu em julho para o menor patamar desde agosto de 2009, na medição realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada nesta terça-feira. As leituras de vários quesitos que compõem o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que medem a percepção sobre o presente e o futuro, também ficaram nos menores níveis em quase três anos, dados que confirmam o quadro de desaceleração do setor, segundo a FGV.
“De modo geral, os indicadores sinalizam que o setor mantém um ritmo moderado no início do terceiro trimestre, sobretudo em virtude da desaceleração da demanda percebida”, avalia a FGV em relatório divulgado nesta manhã.
O ICS recuou 2,1% entre junho e julho de 2012, na série com ajuste sazonal, ao passar de 123,1 para 120,6 pontos. Após a quarta queda consecutiva, o índice chegou ao menor patamar desde agosto de 2009, quando marcou 116,2 pontos.
A queda do indicador foi influenciada tanto pela percepção em relação ao momento atual, quanto pelas expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 2,4%, para 106 pontos, o menor patamar desde outubro de 2009 (105,3). Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,7% em julho, para 135,2 pontos, o menor desde julho de 2009 (132,3).
Dentro do ISA, o quesito que mede o grau de satisfação em relação à situação atual dos negócios foi o que mais diminuiu (-3,9%), ao passar de 115,8 para 111,3 pontos. Das 2.814 empresas consultadas, 27,7% avaliam a situação presente como boa, contra 28,5% no mês anterior; a parcela das que a consideram ruim saltou dos 12,7% em junho para 16,4% em julho, maior percentual desde os 20,1% de agosto de 2009.
Já o quesito que mede as expectativas do empresariado quanto à tendência dos negócios nos seis meses seguintes foi o que mais influenciou na queda do IE, com um recuo de 2,1%, para 137,0 pontos, o menor patamar desde julho de 2009 (133,3).
A proporção de empresas prevendo melhora diminuiu de 46% para 43,4%, enquanto a parcela das que esperam piora ficou praticamente estável, ao passar de 6,0% para 6,4% do total.

(Fonte : Jornal Valor)

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