segunda-feira, 30 de julho de 2012

AÉREAS REGIONAIS SOMEM DO MERCADO



Apesar do forte crescimento do número de passageiros transportados no Brasil, os últimos anos têm sido difíceis para as companhias aéreas regionais. Mais vulneráveis que as grandes empresas, muitas não aguentaram as adversidades. De 2010 para cá, restaram apenas 4 das 14 empresas que operavam voos regulares regionais, segundo levantamento do Grupo Estado a partir de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Nesse período, nove pararam de voar regularmente e uma - a Pantanal - foi incorporada pela TAM. Continuam operando NHT, Sete, Passaredo e Trip, que em maio anunciou fusão com a Azul, o que a colocará no rol das grandes companhias aéreas. As duas últimas conseguiram implementar modelos de negócios que lhe deram alguma musculatura e maior resistência para sobreviver no mercado.
Num segmento em que a necessidade de capital não é uma barreira tão grande como no caso das empresas aéreas de maior porte, investidores acabam ignorando margens apertadas e outras adversidades, apontam especialistas. "Esse é um setor em que a mortandade das empresas é muito grande. Em geral, os empresários subestimam o risco de entrar nesse negócio", afirma o consultor André Castellini, da Bain & Company.

DESAFIOS

Para as companhias que seguem voando, o cenário é de desafios. Além dos altos custos do querosene, as empresas regionais enfrentam a deficiente infraestrutura aeroportuária do interior do País e uma rede de distribuição de combustíveis que não chega a todas as cidades com voos regulares.
Entre os 13 destinos que a Trip opera no Amazonas, há ofertas do insumo em apenas quatro. A situação se repete em outras regiões, como em cidades gaúchas, aponta diretor de Relações institucionais da aérea, Victor Celestino. "Isso significa que a empresa tem de levar o combustível para ir e voltar. Então tenho menos capacidade de levar passageiros e tenho um custo maior", diz.
Mesmo com as dificuldades, o País ainda vê empresários querendo apostar no segmento. É o caso de Jorge Barouki, do grupo catarinense Acauã, que comprou a NHT em maio. A aérea pertencia ao gaúcho JMT, e deu prejuízo no ano passado.

(Fonte : Ag. Estado de Notícias / imagem divulgação)

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