O diretor
do Departamento de Política de Serviços Aéreos da Secretaria de Política
Regulatória de Aviação Civil da Presidência da República, Ricardo de Melo
Rocha, afirmou que o governo federal considera uma parceria com os estados e as
companhias aéreas como uma boa alternativa para tentar resolver o problema de
falta de infraestrutura dos aeroportos no interior da Amazônia e do Nordeste.
“Estamos buscando resolver o problema da infraestrutura aeroportuária regional,
mas isso só será possível com investimentos conjuntos”, afirmou.
O deputado Gladson Cameli (PP-AC) criticou o elevado preço das passagens
cobrado atualmente. Segundo o parlamentar, uma tarifa de voo entre Rio Branco
(AC) e Brasília (DF) chega a custar R$ 4,5 mil.
Para diminuir o valor das passagens, o parlamentar defendeu incentivos
fiscais para as regiões mais pobres do País. “Nós temos que nos unir, deputados
federais e senadores, para aprovar leis [de incentivo fiscal] e cobrar
responsabilidade das agências reguladoras”, afirmou o deputado, que propôs o
debate na Comissão de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento
Regional.
No debate, o representante do Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias (Snea) Victor Rafael Celestino explicou que o elevado preço da
tarifa aérea nessas regiões ocorre porque nem todos os aeroportos têm
combustível, o que obriga as empresas aéreas, muitas vezes, a transportá-lo no
lugar de passageiros. “Isso acaba encarecendo os voos”.
Celestino, no entanto, ressaltou que, com investimentos consistentes nos
aeroportos, vai ser possível ofertar voos com mais aeronaves, o que poderá
reduzir as tarifas. Segundo informou, as tarifas vêm caindo de preço ao longo
da última década a uma taxa média de 7,5% ao ano.
INFRAESTRUTURA
Segundo o sindicalista, boa parte dos aeroportos de cidades menores da
Amazônia e do Nordeste não recebem autorização para operar voos da aviação
civil por falta de equipamentos, como caminhões de combate a incêndios.
O gerente de Engenharia da Infraestrutura Aeroportuária da Agencia
Nacional da Aviação Civil (Anac), Tarik de Souza, avaliou que serão necessários
muitos investimentos em manutenção para que a infraestrutura aeroportuária
existente na Amazônia Legal e no Nordeste possa proporcionar o aumento da
oferta de voos e a redução das tarifas.
Souza informou que a agência não autoriza novos voos para cidades das
regiões devido a problemas técnicos encontrados nos aeroportos. “O pavimento de
muitas pistas de pouso e decolagem está deteriorado, o terminal de passageiros
não atende aos requisitos mínimos de segurança, além de a sinalização também se
encontrar desgastada”, relatou. Ainda de acordo com o gerente, a principal
preocupação da Anac quanto aos aeroportos seria evitar que acidentes ocorram.
O diretor do Departamento de Política de Serviços Aéreos, vinculado à
Presidência da República, Ricardo Rocha, afirmou que o governo federal
considera uma parceria com os estados e as companhias aéreas como uma boa
alternativa para resolver o problema de falta de infraestrutura dos aeroportos
no interior da Amazônia e do Nordeste. “Estamos buscando resolver o problema da
infraestrutura aeroportuária regional, mas isso só será possível com
investimentos conjuntos”, argumentou.
(Fonte : Ag. Câmara de Notícias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário