quarta-feira, 25 de abril de 2012

FHC VAI A ORIENTE MÉDIO COM ITAÚ PARA ATRAIR INVESTIMENTO



O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está no Oriente Médio para uma série de palestras a potenciais investidores no Brasil.
FHC acompanha executivos do Itaú Unibanco em visita a autoridades, líderes de fundos soberanos e de "family offices" no Qatar e em Abu Dhabi. É a primeira grande viagem oficial à região do banco, que tem escritório em Dubai desde 2007.
Durante a Unctad (Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento), em Doha, nesta semana, o fundo soberano QIA (Qatar Investment Authority) anunciou que tem US$ 30 bilhões para investir neste ano e que tem interesse em alocar recursos em economias emergentes.
Em suas palestras, o ex-presidente tem destacado o Brasil dentre os Brics.
"Não há uma situação homogênea entre eles. Brasil e Índia são mais estáveis." Ele tem lembrado que o Brasil é uma democracia com US$ 300 bilhões de reservas e boas oportunidades de negócios.
"Há um grande desconhecimento do Brasil e nós em relação a eles", disse FHC à coluna, em Doha.
Além do QIA, o ex-presidente esteve com Qatar Holdings, Qatar Mining (mineração), o ministro de finanças e comércio do país, xeique Hamad bin Jassim al-Thani, e empresários.
"Há um apetite para investimentos com risco de 'investment grade', mas com retornos bem diferenciados da conjuntura internacional", afirmou Ricardo Marino, sócio do Itaú e CEO das operações na América Latina.
"O Brasil importa capital para infraestrutura, energia, agropecuária e imobiliário."
A região é conhecida pelos imensos e sofisticados hotéis. "Esses investidores gostam de ativos imobiliários e temos muito a fazer em hotelaria."
Sobre a alta da inadimplência que o banco divulgou, Marino diz que o presidente do Itaú, Roberto Setubal, já apontara essa tendência. O índice de atraso superior a 90 dias da carteira consolidada subiu 0,9 ponto percentual no 1º trimestre de 2012 ante março de 2011 e atingiu 5,1%.
"Nos empréstimos do Itaú nos países em que atua na América Latina, as taxas são muito inferiores. A menor, no Uruguai, é de 0,7%."
"Há um apetite para investimentos com risco de 'investment grade', mas com retornos bem diferenciados da conjuntura internacional"

RICARDO MARINO
sócio do Itaú Unibanco
"Não há uma situação homogênea entre eles [os Brics]"
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
ex-presidente do Brasil

(Fonte : Col. Mercado Aberto)

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