sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PREJUÍZO DA GOL DISPARA E AÉREA ANUNCIA PLANO DE CORTE DE CUSTOS



O aumento dos custos operacionais - principalmente combustíveis - e a competição mais acirrada no mercado brasileiro levaram a Gol Linhas Aéreas a ter prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no segundo trimestre, quase sete vezes maior que a perda de R$ 51,9 milhões de igual período do ano passado.
Diante disso, a companhia anunciou um plano para a redução de cerca de R$ 650 milhões em despesas, que deve ter impacto completo em 2012. Segundo a companhia, as diretrizes básicas do plano incluem ampliar serviços de venda de produtos a bordo; aumentar a utilização da frota e readequar as tripulações de acordo com as capacidades; devolução as aeronaves B767, que não fazem parte da operação central; redução de despesas de manutenção por um acordo com a Delta Tec; e economia de combustível em função de investimentos em tecnologia nas aeronaves, com turbinas que reduzem o consumo em cerca de 2%.
A receita líquida da aérea caiu 1,5% no segundo trimestre na comparação anual, para R$ 1,566 bilhão. Os custos e despesas operacionais, em contrapartida, aumentaram 19,8% no período, para R$ 1,837 bilhão. O caixa da companhia chegou ao final do segundo trimestre em R$ 2,067 bilhões, ou 29% da receita líquida dos últimos 12 meses. De acordo com a ol, o caixa representa cerca de seis vezes a dívida com vencimento nos próximos 12 meses.
A taxa de ocupação média do grupo atingiu 66,5% no segundo trimestre, 6,2 pontos percentuais acima de igual período em 2010, mas 5,8 pontos abaixo dos 72,3% de ocupação nos primeiros três meses do ano. Os yields da companhia apresentaram queda de 13,8% de abril a junho na comparação anual, para 18,21 centavos de real, em função do crescimento da oferta doméstica da indústria em 14,4%. Em relação aos primeiros três meses do ano, o yield caiu 8,2%.
Segundo comunicado, com a implementação das medidas de redução de custo anunciadas, a Gol deverá voltar a "dar retorno adequado aos seus acionistas já em 2012".

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)

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