quarta-feira, 15 de junho de 2011

PROJETOS DE TRENS REGIONAIS SAEM EM DOIS MESES

Daqui dois meses, o governo federal deve colocar em audiência pública os primeiros dois projetos de trens regionais de passageiros em estudo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os trechos ligam os municípios de Londrina e Maringá, no Paraná, e Bento Gonçalves e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, e estão atualmente em fase final de estudo de viabilidade.
Segundo o diretor do Departamento de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, os investimentos deverão ser realizados via concessão à iniciativa privada. "Precisamos também ter articulação das prefeituras para viabilizar os projetos", diz o diretor, que participou ontem de evento sobre logística e transporte realizados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
No caso do trecho gaúcho, a ferrovia reaproveitará uma malha já existente e que hoje está desativada. No Paraná, a linha será construída em paralelo a outra utilizada para transporte de cargas.
Segundo Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), outro trecho que deve ser viabilizado em breve é o da ferrovia entre as cidades de Brasília e Luziânia (GO). "Existe uma demanda forte nessa região, e já existe uma ferrovia desativada no trecho. O empreendimento depende de um investimento marginal, e pretendemos fazer dele um projeto-piloto para as demais linhas", diz ele.
Os trechos fazem parte de um pacote de 14 ferrovias em estudo em todo o país, que demandarão um investimento de R$ 5 bilhões. A intenção é ter todos os estudos prontos até o final de 2012, segundo Carneiro Filho. As 14 ferrovias, com 1.865 quilômetros de trilhos, atenderão 112 municípios e uma demanda de 70 milhões de passageiros por ano. O Brasil tem hoje 10.930 quilômetros de malha de ferrovia regional de passageiros, concentradas nas regiões Sul e Sudeste. Os trens regionais de passageiros são serviços que cobrem trechos de até 200 quilômetros e passam por ao menos uma cidade acima de 100 mil habitantes.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)

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