segunda-feira, 30 de maio de 2011

BC REGISTRA NOVA ALTA DE JUROS E CRÉDITO ESTÁVEL PARA FAMÍLIAS EM MAIO


Dados parciais para maio mostram que a taxa média de juros subiu para 40,1% ao ano, segundo levantamento do Banco Central. O juro para pessoa física passou para 47,7% ao ano, de acordo com dados até o último dia 13, maior nível em 48 meses.
Os números mostram um cenário mais favorável para as empresas, com queda nos juros e aumento nas concessões, que cresceram 6,4% nas duas primeiras semanas do mês em relação ao mesmo período de abril. Já as concessões para pessoas físicas não registraram crescimento nessa mesma comparação.
No acumulado do primeiro quadrimestre, as concessões tiveram queda de 5% em relação ao acumulado nos últimos quatro meses do ano passado, com recuo de 6,2% para as empresas e 3,2% para pessoas físicas.
Houve queda nas concessões de 0,4% no crédito pessoal e de 24,5% no financiamento de veículos, modalidade mais afetada pelas medidas do BC.
Segundo o BC, o crescimento do estoque de crédito verificado nesse período, de 4,1%, representa uma expansão de 13% em valores anualizados, percentual próximo da previsão da instituição para o ano.
"Esse arrefecimento no quadrimestre está associado às medidas macro-prudenciais tomadas desde o final do ano passado e ao ciclo de alta das taxas de juros", disse Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.

CHEQUE ESPECIAL

Os juros das principais modalidades voltaram aos níveis verificados no primeiro semestre de 2009, quando as taxas ainda estavam influenciadas pelos efeitos da crise desencadeada em setembro do ano anterior.
No crédito pessoal, a taxa de 50,8% ao ano é a maior desde março de 2009. Para veículos, os 31,8% ao ano verificados são os mais elevados desde fevereiro daquele ano.
No cheque especial, modalidade que apresenta maior volatilidade, os juros de 178,5% ao ano são os maiores desde abril de 2003, início do governo Lula.
Os prazos de financiamento também mudaram com as restrições do BC. Para novas concessões, o número médio de parcelas para compra de veículos caiu de 51,3 meses em novembro para 47,9 meses em abril.
Para o crédito pessoal, passou de 47,5 meses para 39,3 meses na mesma comparação.

JUROS SOBEM PELO 5º MÊS E CRÉDITO TEM EXPANSÃO MODERADA, DIZ BC

A taxa média de juros dos empréstimos bancários para empresas e pessoas físicas subiu pelo quinto mês consecutivo e chegou a 39,8% ao ano em abril, segundo levantamento do Banco Central.
Em novembro do ano passado, pouco antes de o BC iniciar o processo de restrições ao crédito para segurar o consumo e a inflação, a taxa média era de 34,8% ao ano.
No mês passado, o juro ao consumidor chegou a 46,8% ao ano, enquanto para as empresas atingiu 31% ao ano.
Segundo o BC, as operações de crédito mantiveram "trajetória de expansão moderada em abril", com maior demanda pelo setor produtivo e menor procura de financiamentos por parte das famílias. O cenário hoje, segundo a instituição, é de elevações das taxas de juros e "spreads" bancários, com "discreto aumento da inadimplência".
Esse último indicador subiu pelo terceiro mês seguido para as famílias, de 5,7% no final de 2010 para 6,1%. Para as empresas, passou de 3,5% para 3,7% na mesma comparação.
O volume total de crédito cresceu 1,3% em abril em relação ao mês anterior e teve expansão de 21% em 12 meses, para R$ 1,78 trilhão (46,6% do PIB).
O crédito sem subsídio cresceu 1,4%, acima do 1% verificado nos empréstimos subsidiados, que incluem crédito rural, empréstimos do BNDES e habitacional com recursos da poupança e FGTS.

(Fonte : Folha Online)

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