segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

INVESTIMENTO EM HOTÉIS PARA A COPA SOMA R$ 2,4 BI


Projetos do setor apostam em segmentos de viagens de negócios e na expansão do mercado doméstico

Com os olhos voltados para 2014, ano em que o Brasil vai sediar a Copa do Mundo, o setor hoteleiro prevê investir R$ 2,4 bilhões na construção de 92 novos estabelecimentos nas 12 cidades que irão sediar a competição.
Os números, que fazem parte de um estudo feito a pedido da Folha pela Jones Lang LaSalle Hotels, ainda podem aumentar consideravelmente.
São Paulo, por exemplo, só tem prevista até agora a reforma de um hotel com 126 quartos. A recuperação pós-crise de 2008 fez com que a cidade voltasse a atrair a atenção de investidores e elevasse as taxas de ocupação dos hotéis.
"Em períodos de expansão, as pessoas viajam mais, as empresas levam funcionários para treinamentos e isso está acontecendo em São Paulo", afirma Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree.
A rede quer se instalar no Rio e procura terrenos na zona sul ou na Barra da Tijuca (zona oeste).
As projeções feitas pela ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) com base em estimativas e projetos registrados mostram uma expansão ainda mais ampla. Mas há cidades em que as perspectivas são modestas.
"Cidades como Curitiba já têm uma rede hoteleira consolidada, não teriam espaço para um grande número de projetos", diz Enrico Fermi, presidente da ABIH.
A decisão de instalar um novo hotel leva em conta o potencial de crescimento econômico e a projeção de aumento da demanda.
"A Copa é um evento de 45 dias, mas o investimento em um novo hotel se paga em dez anos", explica Rafael Guaspari, vice-presidente de desenvolvimento da Atlântica Hotels. O grupo prevê investimentos entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões em 12 novos hotéis.

APOSTAS DO SETOR

Os projetos do setor apostam no segmento de viagens de negócios e na expansão do mercado doméstico, com foco em hotéis econômicos e de médio porte. A Accor terá 23 novos hotéis em cidades da Copa com investimentos de R$ 522,5 milhões.
Segundo Peter Vader, presidente da BHG, a terceira maior hoteleira do país, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza são as cidades mais atraentes.
Os planos da empresa nos próximos anos incluem investimentos de R$ 300 milhões com capital próprio, além de cerca de R$ 400 milhões em financiamento para a construção de 40 hotéis. A lista inclui sedes da Copa e cidades de médio porte.
Segundo Guaspari, a orientação dada pela Fifa por meio da consultoria Match é que as cidades precisam ter um número de leitos equivalentes a 30% do estádio.
Em uma arena de 60 mil lugares, isso significaria contar com 18 mil leitos. Cada quarto tem, em média, dois leitos, portanto, seriam necessários 9.000 quartos.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

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