quarta-feira, 9 de junho de 2010

MINISTRO GARANTE QUE CIDADES-SEDE DA COPA SERÃO MANTIDAS


Orlando Silva admite que o ritmo das obras não é o desejável, mas afirma que está melhor do que há três meses.
Todas as cidades-sede escolhidas pela Federação Internacional das Associações de Futebol (Fifa) "vão participar do projeto Copa", garantiu o ministro do Esporte, Orlando Silva. "Não há plano B porque confio que as cidades vão cumprir os compromissos assumidos", assegurou em audiência pública da Comissão de Turismo e Deporto nesta para discutir a situação dos estados envolvidos no evento.
O ministro não quis relacionar quais cidades estão com maiores atrasos no cronograma de obras, mas admitiu que a situação entre elas é desigual. O Rio de Janeiro, cotado para abrigar a final da competição, ainda não lançou o edital de obras, enquanto Manaus, Cuiabá e Belo Horizonte já executam os projetos.
De acordo com Orlando Silva, a Fifa aprovou os projetos de Cuiabá, Brasília, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Já Fortaleza, Natal, Recife e Rio de Janeiro estão em fase de avaliação. "Há três meses o sinal amarelo estava aceso, agora o ritmo não é o desejável, mas há evolução importante", assegurou.


Gargalo aéreo

O maior desafio para a realização do mundial de futebol, na avaliação do ministro, é a infraestrutura aeroportuária. Silva ressaltou tratar-se de tema tão sensível que o presidente da República decidiu incluir na Medida Provisória 489/10 a previsão de rito simplificado para contratações governamentais destinadas à realização de obras em aeroportos.
A MP autoriza a União a participar de um consórcio para realização de obras das Olimpíadas de 2016. Para a Copa, a previsão de investimentos federais em infraestrutura é de R$ 24 bilhões.


Transparência


O deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) demonstrou preocupação com o uso da medida proposta pelo governo. Segundo disse, "não há nada [na MP] que obrigue à transparência por parte do comitê olímpico". O parlamentar adiantou, inclusive, que irá apresentar emendas para prever mecanismos que facilitem o controle dos recursos.
Orlando Silva, no entanto, garantiu que "não há nenhum risco porque todos os mecanismos de controle do dinheiro público, de transparência e de publicidade dos contratados estão salvaguardados".
Para o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), como o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encerra em 31 de dezembro, a medida "carece de legitimidade". Em sua concepção, é necessário que "o presidente ou a presidenta eleita submeta novo projeto [ao Congresso] sobre a empresa pública para gerir a organização das olimpíadas".

(Fonte : Ag. Câmara de Notícias / Foto Divulgação)

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