terça-feira, 8 de janeiro de 2013

LUZ AMARELA NAS AÉREAS


Em meio às discussões para melhorar o turismo interno, como deseja o Ministro do Turismo, Gastão Vieira, e baratear os custos das viagens pelo país, a saúde financeira das companhias aéreas preocupa pessoas ligadas ao setor. Basta olhar os prejuízos dos últimos balanços dessas empresas com capital aberto e que dominam o mercado. A líder T AM, por exemplo, somente no primeiro semestre deste ano, perdeu quase R$ 1 bilhão. A Gol, que recentemente se fundiu com a Webjet e ocupa a vice-liderança do setor , teve perdas de R$ 715 bilhões no mesmo período. E o pior: isso ocorre quando os aviões estão pratica-mente lotados. A taxa de ocupação média nos voos domésticos acima de 70% — de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O chamado "break even", ponto de equilíbrio financeiro das empresas aéreas, no entanto é 55%, segundo especialistas.
As empresas defendem que os custos aumentaram, principalmente, o combustível e as tarifas que as empresas pagam nos aeroportos que subiram 150% em 2012. Ação do governo Logo, a "luz amarela" está acesa no setor, de acordo com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, que defende uma ação urgente do governo no setor para que os preços das passagens caiam e o turismo interno avance.
"A posição do Ministério do Turismo é forçar que esse assunto venha para a mesa. Nós já encaminhamos um documento para a Casa Civil sobre isso", destacou ele, em entrevista ao Correio. O ministro se queixou que, apesar de as empresas terem sido incluídas em setembro no programa de desoneração da folha, o reflexo para o consumidor ainda não ocorreu.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), informou que a inclusão foi positiva para as empresas e que o usuário terá benefícios quando a situação melhorar. "Essa medida significará uma redução nos custos para as cinco empresas associadas à entidade superior a R$ 300 milhões por ano a partir de janeiro de 2013. Isso, entretanto, não reverte os prejuízos que as empresas tiveram ao longo de 2012. Para um equilíbrio nas contas das companhias, questões como ICMS e cálculo de impostos no querosene de avião, entre outras, têm que ser discutidas. Um cenário mais favorável sem dúvida beneficiará o usuário", disse a entidade.

(Fonte : Jornal Correio Braziliense)

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