quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

VAREJO, AVIAÇÃO E HOTELARIA SÃO OS ALVOS DO AUTOATENDIMENTO


Apesar de terem seus negócios sustentados por clientes do mercado financeiro, grandes empresas especializadas em tecnologia têm buscado ampliar os horizontes no mercado brasileiro, e a área de autoatendimento tem atraído uma demanda para o varejo, além do setor aéreo e de meios de hospedagem. Oferecer a otimização de tempo no atendimento por meio de novas tecnologias é uma das facetas de negócios de conglomerados como a norte-americana NCR, que no Brasil é uma das líderes do segmento.
Há clientes de peso no varejo dos Estados Unidos, como o Wal-Mart, que acaba de contratar os serviços da NCR para impulsionar a área de self check-out (autoatendimento), com mais de 10 mil pontos com a solução. A companhia estima que, no Brasil, essa tendência também será um atrativo nos próximos anos, sendo este sistema self check-out já bem conhecido em países da Europa.
“Nosso foco é inovação, pois existe uma demanda constante de soluções cada vez mais integradas e complexas. Além disso, temos percebido que as empresas brasileiras, médias e pequenas, que representam a maior parte da economia do País, têm visto a demanda aumentar por conta da nova classe econômica ativa. Assim, é preciso reduzir o tempo nas filas de atendimento para não perder os clientes”, ressalta Elias Rogério da Silva, vice-presidente da NCR América Latina e Caribe.
Para ele, é crescente a percepção dos empresários de que investir em tecnologia permite otimizar a experiência de consumo e fidelizar clientes. Sem falar que ferramentas de gestão de negócios são tendências para o varejista alavancar a maturidade em termos de automação, e no caso de quem não opera com grandes redes, ou é um player de seu segmento, atuar por meio de cobrança de licenças seria uma alternativa a ser analisada no País.
Na visão de Silva, o varejo no Brasil ainda sofre com os altos custos de equipamentos e serviços, o que pode impactar os negócios. “Apenas 25% dos investimentos em tecnologia de vendas são feitos por grandes companhias, contra 75% das pequenas e médias. Mas a tecnologia está sendo inserida no cotidiano das pessoas, o que acelera a implementação de novos serviços.”
A empresa tem visto demanda de novas soluções de self check-out para os embarques e desembarques aéreos, e tem negociado com algumas companhias no Brasil. Afora isso, criou alguns quiosques de autoatendimento na bandeira hoteleira Hyatt, em Nova York (EUA) — experiência esta que não descarta apresentar no Brasil.

Desempenho

Enquanto está atenta a tantos nichos, a NCR comemora o desempenho de 2012, apesar das incertezas do mercado internacional. No Brasil, a empresa anuncia o crescimento acima de dois dígitos, onde realizou uma série de aquisições estratégicas: comprou três empresas.
Os segmentos que atraíram a companhia — uma das maiores fornecedoras de soluções e equipamentos para o mercado financeiro, com 70% de seu faturamento baseado nessa área —, foram alguns do que têm surfado no crescimento da renda média dos brasileiros. Ou seja, os mercados voltados a serviços nas áreas de indústria de hospitalidade e consumo. Áreas “crescendo rapidamente, contribuindo para que a companhia aumente e fortaleça ainda mais a sua presença no País”.
Sobre as aquisições, sem abrir os valores dos negócios este ano, Silva ressaltou, porém, que a “NCR possui um longo histórico de compromisso com o mercado brasileiro, e essas aquisições contribuirão para a manutenção do seu crescimento”. A NCR adquiriu a POS Integrated Solutions, revendedor da solução NCR Aloha para restaurantes, e a Wyse Sistemas de Informática Ltda., fornecedor de soluções de software, incluindo a suíte de softwares de hospitalidade Colibri. A Radiant Distribution Solutions (RDS), parceira de distribuição de hardware para hospitalidade da NCR, também foi adquirida.

Outras aquisições

Outras empresas de tecnologia também saíram às compras este ano. A Zenvia, empresa de mensagens móveis do Brasil, adquiriu a Pure Bros para consolidar sua posição no mercado de soluções móveis corporativas no País. A Zenvia, que é fruto da união da Human e da Comunika, players de SMS corporativo no Brasil, atingiu recordes de tráfego de mensagens e tem superado as expectativas de crescimento, com mais de 3.000 clientes corporativos com soluções móveis.
Já no setor químico, a Carbocloro acaba de adquirir uma solução da SAP, a Sales OnDemand, que oferece inteligência para gestores e profissionais de vendas que trabalham remotamente e para os demais colaboradores da área comercial, como Serviços ao Cliente (SAC), assistência técnica, logística, comercio exterior e marketing. A SAP, aliás, é outra multinacional com forte crescimento no mercado brasileiro.

(Fonte : Panorama Brasil)

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