terça-feira, 23 de outubro de 2012

GOVERNO NÃO VAI BARRAR VINHO ESTRANGEIRO


O Brasil não adotará medidas de restrição à importação de vinhos, como pretendiam os produtores brasileiros.
Em contrapartida, o setor recebeu a garantia de maior exposição do produto nacional nas prateleiras de supermercados e importadores.
A possibilidade de barreira à importação foi descartada ontem com o anúncio do fim da investigação para aplicação de salvaguarda à produção nacional, iniciada em março pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Como a Folha antecipou, a equipe do Decom (Departamento de Defesa Comercial), que conduziu a investigação, não havia encontrado argumentos técnicos suficientes para a adoção da medida de proteção ao vinho brasileiro.
Havia a expectativa, no entanto, de uma decisão "política", que envolvesse um acordo entre os diferentes setores da indústria.
A saída honrosa para as vinícolas brasileiras foi acertada no Mdic na sexta-feira passada e formalizada pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), autor do pedido de salvaguarda, ontem.
A entidade anunciou um acordo com varejistas e importadores para estimular as vendas dos vinhos nacionais, ao mesmo tempo em que encaminhou formalmente ao Mdic o pedido de encerramento da investigação.
Com isso, o governo não precisará anunciar as conclusões da equipe do Decom.
O acordo prevê que varejistas e importadores brasileiros ampliem a exposição dos vinhos nacionais nas prateleiras dos supermercados e aumentem o número de promoções para estimular as vendas da bebida.

VENDAS EM DOBRO

A meta das vinícolas brasileiras é dobrar as vendas de vinhos finos nacionais até 2016, chegando a 40 milhões de litros por ano.
Com isso, os produtores brasileiros esperam alcançar uma participação de pelo menos 30% no mercado nacional.
A fatia da bebida brasileira hoje é de cerca de 20%, segundo o Ibravin.
Os produtores se comprometeram a manter o plano de investimento de R$ 200 milhões para os próximos quatro anos, anunciado inicialmente como contrapartida se a medida de salvaguarda fosse aplicada.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

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