segunda-feira, 15 de outubro de 2012

BRASIL ESTÁ SEPARADO DA IDENTIDADE CULTURAL, DIZ FUNDADOR DO CONPEHT


O 22° Congresso Pan-Americano de Escolas de Hotelaria, Gastronomia e Turismo (Conpeht) teve início no último domingo (14/10), no Centro SulAmérica, e tem duração de quatro dias. O evento retorna ao Brasil depois 15 anos, com o objetivo de contribuir para a melhoria e profissionalização da atividade turística, sob o tema O Impacto dos Grandes Eventos no Turismo, a partir do diálogo entre os 19 países-membros da América e Espanha. Miguel Torruco, presidente fundador do Conpeht, acredita que indústria hoteleira é fundamental para o desenvolvimento do Turismo de todas as nações, mas, principalmente, as novas edificações devem responder à idiossincrasia e à cultura de cada nação.
Para ele, o mercado brasileiro não tem resgatado ou traduzido a cultura ou idiossincrasia locais. "Sinto que [o Brasil] foi separado de sua identidade histórica e cultural. O turista que vem ao Brasil quer se sentir carioca, quer sentir o que emana do povo, o folclore, a tradição, a idiossincrasia", declarou ao M&E, para depois dar um exemplo da dificuldade de se encontrar pratos típicos no Rio de Janeiro. "Nunca devemos desprezar nossa cultura, nossa identidade, porque isso não agrada o turista. O marketing turístico se resume a satisfazer as necessidades e expectativas do turista, não do investidor ou político. As nações que melhor conservarem seu ambiente e preservarem sua identidade histórica e cultural serão os países que participarão de maneira plena e extraordinária da economia do Turismo", concluiu.

“MAIOR DESAFIO É SUSTENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS PARA COPA”

Um dos palestrantes do 22° Conpeht, Paulo Michel, vice-presidente da ABIH RJ e diretor da rede BHG, acredita que a hotelaria do Rio de Janeiro está em um momento positivo e que já tem competitividade - característica que alguns líderes do Turismo apontam como principal gargalo do setor no Brasil. Sobre os investimentos para a Copa do Mundo de 2014, ele ressalta que "o maior desafio é a sustentabilidade de todos esses investimentos. Ou seja, dar continuidade à toda a infraestrutura que está sendo implantada para receber os jogos".
Paulo Michel participou do painel Os Desafios da Hotelaria Diante dos Megaeventos. Para ele, o Rio de Janeiro precisa investir em quatro questões para bem receber os visitantes: sinalização turística, transporte, limpeza da cidade e qualificação de mão de obra. "O Rio necessita de mais planejamento turístico. [A cidade] ainda precisa evoluir muito".
Sobre as tarifas praticadas pela hotelaria carioca, Paulo defende que é uma questão de "oferta e procura": "O Rio não é caríssimo. Se você pegar um hotel do Rio de Janeiro e comparar com um do mesmo nível no exterior, você verá que nossos hotéis estão na mesma faixa de preço", concluiu.

(Fonte : Mercado & Eventos)

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