terça-feira, 21 de agosto de 2012

PASSAGEIROS RECLAMAM E "PROJETO EFICIÊNCIA" PROMETE MAIS QUALIDADE


O cenário nos grandes aeroportos brasileiros é conhecido: de um lado, arrastando malas ou esperando por elas, cumprindo filas no check-in, sem um encosto de banco para reduzir o estresse das esperas e sujeito ao turbilhão da alfândega, o passageiro ainda agradece quando chega a seu destino. De outro lado, autoridades e empresas se esforçam para mostrar que os serviços estão melhorando e que o passageiro já não sofre tanto.
"São Paulo e Rio estão longe de ter os aeroportos que mereciam ter", desabafa Andrea Uchôa, gerente regional de uma multinacional farmacêutica que nos últimos três meses fez 20 viagens entre nacionais e internacionais. Cansada de atrasos e desconfortos, a executiva vem se adaptando: limita-se a uma bagagem de mão nas viagens domésticas, desistiu de utilizar o wi-fi - porque não encontra onde se sentar - e deixa o carro em casa para não pagar estacionamento VIP - onde há vaga -, mas não escapa da fila dos taxis.
As queixas da executiva, repetidas com frequência por tantos outros passageiros, não chegam sequer a ser refutadas pelos órgãos competentes. A resposta das autoridades é informar o que está fazendo para mudar: desde o final do ano passado, a Infraero, junto com a Secretaria de Aviação Civil (SAC), costuram e colocam em ação o "Projeto Eficiência", garantindo que em 2014 todos os aeroportos estarão alinhados com os serviços prestados nos principais centros europeus.
No ano que passou, foram desembolsados R$ 60 milhões em equipamentos destinados à área de segurança. "Até 2014 serão R$ 400 milhões e outros R$ 5,6 bilhões estão sendo investidos em obras de ampliação", afirma João Marcio Jordão, diretor de Aeroportos da Infraero.
Os primeiros resultados palpáveis do projeto, que teve início no final do ano passado, não exigiram recursos financeiros. "Adotamos uma série de medidas operacionais reduzindo o tempo do passageiro nas filas de check in em 30%", afirma. O projeto, acrescenta, é desenvolvido em parceria entre a Infraero, companhias aéreas, Polícia Federal e Receita Federal. Esse ganho em eficiência começou pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. "O que fizemos foi, basicamente, mudar o layout de entrada, treinar o pessoal, elevar o número de tótens para que o próprio passageiro faça seu check in", diz. Outra medida foi difundir a informação para aqueles passageiros que possuem apenas bagagem de mão de forma que façam o seu check in em casa. Outra estratégia foi aumentar o número de máquinas de raio X.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

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