terça-feira, 14 de agosto de 2012

GREVE NA POLÍCIA FEDERAL E NA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


Os policiais federais do Rio de Janeiro, reunidos em assembleia na noite de ontem, decidiram continuar com a paralisação da categoria até a próxima quarta-feira (dia 15). Os servidores federais em greve vão ter um encontro no Ministério do Planejamento e Gestão quando serão discutidas as reivindicações dos grevistas. A paralisação iniciada na última terça-feira (dia 7) tem por objetivo, além do reajuste salarial, o reconhecimento pelo governo das atribuições de nível superior, o que representa um aumento de 40% a 50% da remuneração.
Os agentes federais ameaçam promover novamente hoje à tarde uma operação-padrão no setor de embarque internacional, do Terminal 1, do Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG), no Galeão. Os agentes revistam todos os passageiros e passam um pente-fino na bagagem, o que pode provocar filas para quem vai viajar para o exterior. No setor de emissão e retirada de passaportes, o movimento está sendo prejudicado porque apenas os casos de urgência estão sendo atendidos.
Já os policiais rodoviários federais no Rio de Janeiro decidiram, na tarde de hoje ontem, entrar em greve por cinco dias a partir do próximo dia 20. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Marcelo Novaes, a decisão de aderir à paralisação dos servidores federais foi por unanimidade. “A categoria por unanimidade votou sim pela adesão à greve a partir do dia 20. Nosso pessoal que estiver em greve vai ficar apenas nos postos para não haver ações depredadoras. Com a greve, haverá uma demora no atendimento. Essa demora será sentida pela população”, disse. Durante o período de greve, de 20 a 24 de agosto, apenas 30% do efetivo vão fazer a ronda nas rodovias federais do estado, exercendo apenas serviços considerados essenciais.

“Ameaçar promover uma operação padrão” em aeroporto é considerado algo normal pela polícia federal, mas só quando estão em greve ou se manifestando contra alguma coisa. Se fosse algo normal não seria objeto de ameaça. Se fosse normal e atividade funcional de competência dos agentes, seria promovida permanentemente em todos os aeroportos brasileiros. Como não é o que acontece, há duas hipóteses: ou os policiais federais não estão cumprindo suas obrigações, ou seja, estão prevaricando, ou estão caracterizando sua incompetência há tempos, exceto quando de manifestações grevistas. Em ambos casos, estão sujeitos às penalidades legais vigentes, se as autoridades competentes também não prevaricarem. A polícia rodoviária federal vai pelo mesmo caminho. Lamentável.

(Fonte : Business Travel Magazine)

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