quinta-feira, 23 de agosto de 2012

DIRETOR DO GRUPO HG ALERTA SOBRE ERROS A SEREM EVITADOS DURANTE MEGAEVENTOS


As Olimpíadas de Londres acabaram de terminar, e a indústria hoteleira inglesa já está com números preocupantes. Apenas 80% da capacidade de ocupação dos hotéis foi atingida durante o mês de julho e agosto, índice inferior aos últimos anos que registram quase 100% de ocupação em hotéis, pousadas e albergues. Essa queda também foi sentida no comércio, restaurantes, lojas e bares, que amargaram a redução de turistas, atípica na temporada.
Sobre este cenário ocorrido em Londres, o diretor do Grupo HG, Roberto Jeolas, analisa as principais causas. “Os turistas deixaram de ir a Londres temendo um congestionamento de pessoas nas férias, e com isso a taxa de ocupação ficou abaixo da média. Não podemos deixar de considerar também os aumentos nos preços de hospedagem, tornando o destino ainda mais desinteressante”, afirma. O oxecutivo alerta para a ganância em geral praticada quando há muita demanda e menor oferta, episódio registrado durante a Rio+20, quando hotéis levaram às alturas suas tarifas, ocasionando conflitos.
“Precisamos segmentar melhor a oferta hoteleira de acordo com o tipo de demanda, e não praticar tarifas altíssimas em todas as categorias, como estamos vendo ocorrer”, diz. Ele levanta ainda a tese de que caberia a órgãos do porte da Embratur ou até mesmo da Fohb ou ABIH, regulamentar as tarifas, mas, alega existir ainda um grande distanciamento entre governo e iniciativa privada , que permita um pacto entre as partes. “Falta-nos uma matriz gerencial entre poder público e privado “, informa.
“Trata-se de um erro de estratégia devido à ânsia do imediatismo, em querer aumentar o lucro com a realização de um evento internacional, e ganhar em alguns dias o que não se faturou no ano”, afirma Jeolas. “Quando se trata de público corporativo é mais fácil lidar com tarifas mais elevadas, mas quando falamos de turismo de lazer, caso do público das Olimpíadas, bom senso é sempre a melhor opção. O turista paga suas despesas do próprio bolso, não há empresa subsidiando nada. Consequentemente o gasto é planejado com minúcia”, explica ainda o executivo. Segundo ele, o Brasil precisa, desde já, mostrar ao mundo que já se preocupa com essas questões e que dispõe de estrutura para receber turistas sem caos, mantendo os padrões internacionais de hospedagem e receptividade.
O hoteleiro prega um pacto entre agências, operadoras, hotéis, restaurantes e comércio em geral, no sentido de oferecem a Tarifa Copa ou Tarifa Olimpíadas, com descontos e vantagens, ao invés do reajuste desmesurado que se pratica nestas ocasiões. Ele defende, ainda, a criação de uma associação entre comércio e as redes hoteleiras, criando produtos e ofertas atrativas e irrecusáveis para atrair as pessoas. Uma forma, segundo o profissional, de dividir o lucro e garantir o faturamento.

(Fonte : Brasilturis Jornal)

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