terça-feira, 3 de julho de 2012

FOHB FAZ BALANÇO SOBRE ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DA RIO+20


O Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que representa 24 redes hoteleiras nacionais e internacionais e que foi um dos participantes na relação pública-privada estabelecida para a realização da Rio+20, afirma que o evento, apesar das polêmicas debatidas, foi positivo para a cidade do Rio de Janeiro e para a hotelaria carioca.
Após a ampla divulgação pela imprensa do cancelamento de participação de uma delegação europeia por conta do alto custo da viagem para o Rio de Janeiro durante o evento, ascendeu-se a discussão a respeito dos preços praticados no período e o consequente reflexo negativo que poderia acarretar à imagem do Brasil no exterior. Dentre toda a estrutura turística que compunha os pacotes para a conferência, apenas uma foi escolhida como alvo de críticas: a hotelaria. A partir desse primeiro episódio, o poder público, por meio do Ministério do Turismo, Embratur e Prefeitura, iniciou um trabalho com todos os envolvidos no processo para tentar minimizar os prejuízos até então iminentes. A articulação, que mais pareceu uma medida controladora, poderia ter sido realizada, no entendimento do FOHB, com alguns meses de antecedência, contribuindo para melhor planejamento logístico dos próprios organizadores.
Os esforços da hotelaria em apoiar o poder publico para o sucesso da Rio+20, mesmo considerando tal intervenção como imprópria, proporcionou uma ocupação média de aproximadamente 90% na cidade do Rio de Janeiro. “Quiséramos ter uma Rio+20 por semana e poder manter essa taxa de ocupação ao longo de todo o ano”, afirma o presidente do FOHB, Roberto Rotter. “A lei da oferta e da demanda é que determina os preços de produtos e serviços. No caso da Rio+20, a hotelaria carioca praticou tarifas iguais ou menores ao período do Carnaval, enquanto vimos que bares, restaurantes e ate táxis subiram seus preços durante a conferência”, lembra Rotter. Para o Fórum, somente a desoneração de taxas e impostos e a desburocratização é que serão capazes de atrair mais investidores para o setor hoteleiro, aumentando a oferta e, consecutivamente, proporcionando preços mais competitivos para o fomento do turismo no Brasil, inclusive no Rio de Janeiro.
Enquanto o Brasil sofre com a falta de infraestrutura, tanto nos aeroportos, estradas e transporte público, esses sim, alvos constantes de críticas dos turistas e viajantes corporativos, a indústria hoteleira apresenta índices de satisfação elevados. “É injusto sermos apontados como vilões, quando quase a totalidade dos clientes que se hospedam em hotéis saem satisfeitos com sua experiência. O Turismo no Brasil deve ser reconhecido como indústria e assim ser tratado pelo próprio governo. Não queremos ser reconhecidos setorialmente”, desabafa o presidente do FOHB. “Quando conseguimos atrair esses grandes eventos, assim como os outros já confirmados, temos que articular com todos os envolvidos. Aos nossos olhos, o grande ponto negativo para o Turismo com a Rio+20 foi a logística de distribuição imposta e oferecida pela agência oficial organizadora da conferência”.
Ainda de acordo com o Fórum, a grande lição que fica para os próximos eventos é que deve haver maior antecipação, tanto dos fornecedores quanto dos clientes. O conceito de tarifas dinâmicas, amplamente aplicado no exterior conforme a taxa de ocupação das cidades e hotéis em determinadas épocas do ano, e que já é praticado no Brasil, deve ser incorporado pelos turistas e viajantes para que eles não tenham impactos negativos em relação aos preços. Quanto maior a antecedência na reserva de um hotel, assim como acontece com as companhias aéreas, mais atraentes serão os valores para hospedagem. “Estamos todos do mesmo lado. Queremos cada vez mais atrair turistas estrangeiros e aumentar o turismo interno. Mesmo sem os incentivos fiscais, a hotelaria continua investindo no país”, conclui Rotter. Segundo dados do FOHB, os empreendimentos hoteleiros construídos no Brasil majoritariamente têm capital privado. Esses investimentos não só contribuem para o desenvolvimento econômico do país, mas também geram empregos, capacitam mão de obra e geram divisas por meio de recolhimento de impostos.

Sobre o FOHB

Criado em 2002, o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil é uma entidade que atua em prol do setor seguindo três eixos principais: relacionamento, conhecimento e desenvolvimento. Suas ações contemplam parcerias com o setor público, iniciativa privada e demais entidades em projetos de capacitação e qualificação, reivindicações, e importantes pesquisas e estudos para o setor. Atualmente, representa 24 redes hoteleiras nacionais e internacionais, totalizando mais de 520 hotéis e mais de 80 mil UHs, presentes em 110 cidades, em 24 estados.
Mais informações: www.fohb.com.br.

(Fonte : B4T Assessoria + Comunicação)

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