Depois de uma série de três intervenções do Banco Central, a cotação do
dólar voltou a menos de R$ 2 pela primeira vez desde maio.
Ontem, a moeda americana fechou a R$ 1,987, acumulando queda de 4,28%
desde a última quinta-feira.
Além do BC, que fez uma injeção líquida no mercado US$ 6 bilhões nos
últimos dias, contribuiu um menor pessimismo na Europa, com a aprovação de um
novo pacote, no fim da semana passada, para evitar a recessão.
Com isso, no exterior, petróleo, matérias-primas e moedas subiram frente
o dólar. A ação do BC intensificou o movimento no Brasil.
Para o economista Italo Abucater, da corretora Icap, a tendência dos
próximos dias é que o dólar siga abaixo de R$ 2 e encoste em R$ 1,95. Mas não
deve permanecer neste valor.
"Não parece ser desejo do governo o dólar a R$ 1,95", diz o
economista Alfredo Barbutti, da corretora BGC Liquidez. Na visão de analistas,
o BC pode atuar na ponta oposta, se necessário, evitando a queda excessiva do
dólar.
Depois de um mês de maio negativo, a entrada de moeda voltou a se
recuperar em junho, e até o dia 22 (dado mais recente) o saldo estava positivo
em US$ 1,2 bilhão, o que indica que também não há sinal para nova escalada.
Abucater observa, entretanto, que o sinal positivo vindo da Europa não é
perene e que a volatilidade deve voltar aos mercados.
(Fonte : Jornal Folha de S.
Paulo / imagem divulgação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário