quarta-feira, 7 de abril de 2010

SEBRAE MULTIPLICARÁ INVESTIMENTOS

Milhares de micro e pequenas empresas (MPE) compõem a grande maioria dos empreendimentos da cadeia produtiva de turismo no país. Elas atuam nos segmentos de alimentação, hospedagem, transporte, entretenimento, entre outros.
Desde o anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo 2014 e da Olimpíada 2016, as micro e pequenas empresas do setor do turismo se tornaram uma das grandes prioridades do Sebrae. A instituição sempre apoiou os vários segmentos do setor, mas foi a partir da implantação do Ministério do Turismo (Mtur) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2003, que o setor passou a ser atendido como uma cadeia produtiva. Desde então o Sebrae se tornou um dos parceiros mais constantes das ações e projetos do novo órgão federal.
A importância que o setor de turismo representa hoje para o Sebrae pode ser comprovado pelo crescimento do número de projetos voltados às MPE dessa cadeia. Até o ano passado, eram 197 projetos de âmbito nacional, estadual e local, que se desdobravam em outras ações realizadas pelas unidades estaduais do Sebrae. Para 2010 está prevista a implantação de mais de 60 novos projetos nacionais.
“A Copa 2014 e a Olimpíada 2016 serão temas preponderantes para o planejamento e atuação da Unidade de Atendimento Coletivo Comércio e Serviços (Uaccs) do Sebrae a partir deste ano”, afirma Ricardo Guedes, gerente da unidade.
O motivo é simples de entender. Essa unidade aglutina os setores produtivos e carteiras de projetos que terão grande responsabilidade pelo sucesso dos dois eventos esportivos internacionais, a serem realizados no País, nos próximos anos. Ações e programas voltados ao turismo, comércio varejista, serviços, artesanato, cultura e entretenimento estão sob a coordenação da equipe da Uaccs do Sebrae. Muitos deles se desdobram em ações estaduais, regionais e locais.
O volume de recursos do Sebrae destinado aos projetos em prol do desenvolvimento do setor de turismo também se multiplicou: serão disponibilizados R$ 125 milhões reais nos próximos três anos. No ano passado, o total de recursos voltados para os projetos dessa cadeia foi de R$ 23,5 milhões.

Oportunidades de negócios

Os jogos certamente serão o centro das atenções do público, patrocinadores, imprensa, entre outros. Porém, para o Sebrae, eles terão diferente relevância. “Nosso foco serão as oportunidades de negócios que os jogos vão gerar para as micro e pequenas empresas”, explica Guedes. Os empresários dos setores relacionados com os dois eventos estarão mais sensíveis para receber capacitações e preocupados em melhorar seus negócios, segundo ele. “O ambiente estará mais favorável para o Sebrae exercer seu papel de apoiador das MPE”, justifica o gerente.
A instituição já está recebendo demandas dos empresários dos setores de alimentação, transporte, saúde, entre outros relacionados diretamente com o turismo e atendimento dos turistas, informa Guedes.

Divisor de águas

A Copa do Mundo 2014 deverá será um divisor de águas para o turismo brasileiro, assim como ocorreu em outros países que sediaram o evento. Depois de 2014, o País vai perceber como a atividade turística brasileira era antes, e como ficou, após a Copa, garante Guedes. “O legado desses dois eventos para o desenvolvimento do País será enorme. Todos os países que sediaram a Copa melhoraram”, justifica.
Geralmente o fluxo de turistas ao país-sede da Copa começa a crescer com dois anos de antecedência. “Em 2012, temos de estar muito melhores do que hoje”, observa Guedes. “Vamos atuar nas doze capitais selecionadas para sediar os jogos, mas isso não significa que ficaremos concentrados apenas nelas. Os 65 destinos turísticos indutores de turismo serão contemplados por nossas ações e projetos, junto às instituições parceiras”, complementa.
O Sebrae vai investir R$ 3 milhões nas em cada uma das doze capitais-sede da Copa 2014 nos próximos três anos, equivalendo a R$ 1 milhão/ano por cidade. A Uaccs é, hoje, a unidade que reúne o maior número de projetos do Sebrae - mais de 800. O setor de serviços, o que mais cresce no Brasil e no mundo, passou a integrar a unidade em 2007, quando havia apenas 15 projetos nacionais em implantação. No ano passado, esse número subiu para 102 e, este ano, deverá saltar para 131 projetos.

(Fonte – ASN)

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