quarta-feira, 7 de abril de 2010

EMBARQUES EM VOOS PARA OS EUA TERÃO A SEGURANÇA AINDA MAIS REFORÇADA


Na última sexta-feira, dia 2, a secretária Janet Napolitano, do DHS - Department of Homeland Security (EUA), anunciou que a TSA - Transportation Security Administration começará a implementar novas e reforçadas medidas de segurança em todas as companhias aéreas com voos internacionais para os EUA. As medidas de segurança foram determinadas pelo presidente Obama, logo após o frustrado atentado do último dia 25 de dezembro. As medidas são mandatórias e devem ser cumpridas por todos os países e companhias com voos para os EUA.
Segundo o DHS, as medidas seguem “protocolos de segurança mais flexíveis”, desenvolvidos para refletir as mais atualizadas informações de inteligência dos órgãos de segurança dos EUA e serão aplicadas a todos os passageiros que estiverem viajando para os EUA, com o objetivo de evitar o embarque de pessoas “potencialmente perigosas”. Elas substituirão a segunda revista que vinha sido adotada para passageiros de 14 países, inclusive aqueles classificados como patrocinadores do terrorismo e a maioria de países muçulmanos. Esta política, amplamente criticada por ser discriminatória e ampla demais para ser eficiente, foi implementada logo após o dia 25 de dezembro do ano passado.
Entretanto, “protocolos de segurança mais flexíveis” são, na realidade, protocolos de segurança ainda mais rígidos, pouco confiáveis e altamente discriminatórios, principalmente para a indústria mundial de turismo. O problema é que as informações de inteligência vão ser transmitidas em base regular às agências de segurança dos EUA, por companhias aéreas e por governos estrangeiros (N.R.: com qual fidedignidade e confiabilidade?), mantendo as características fragmentadas ou genéricas das informações.
Surgindo a “bandeira vermelha”, forma de alerta do sistema eletrônico - que também pode ser aleatória ou randômica, o passageiro suspeito será encaminhado para uma revista secundária e muito mais completa no aeroporto de origem (antes de embarcar). O procedimento não substitui a “watch list” de terroristas, nem a “no-fly list”, que continuarão sendo utilizadas. O sistema soltará o alerta cruzando referências de informações, como a nacionalidade da pessoas, países visitados recentemente, idade, características diferenciais e até mesmo parte dos nomes ou sobrenomes, suplementando a “watch list”.
Segundo a rede de TV americana CNN, que atribuiu a informação a um alto funcionário do governo em Washington, os EUA levarão em consideração religião e raça para elaborar perfis dos passageiros que devem passar por triagem extra. O funcionário afirmou que características raciais ou religiosas podem ser usadas para selecionar quais passageiros deverão passar por controle mais abrangente, mas “negou que o sistema implique em discriminação racial”.
O DHS informou que a administração Obama divulgará esta semana novas medidas para aumentar a segurança em transportes terrestres, como trens e metrôs.

No Brasil esta notícia foi pouco divulgada, mas já preocupa profissionais da indústria de turismo, principalmente os do setor de eventos e viagens de incentivo. Um deles, líder do setor, Ibrahim Tatouh, da IT Mice Travel Solutions, em mensagem dirigida a diplomatas e funcionários do Serviço Comercial dos EUA, colegas do trade e imprensa especializada, depois de apresentar seus argumentos, refere-se à próxima realização do Visit USA 2010, em São Paulo e no Rio de Janeiro, dizendo: “Nossos amigos americanos estarão aqui no Brasil e serão muitíssimo bem recebidos, não importando sua cor, raça, credo, opção sexual, nada. Mas podem estar perdendo seu tempo e dinheiro.

(Fonte – Business Travel Magazine / HotNews)

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