segunda-feira, 8 de março de 2010

O TRADE DE FOZ REIVINDICA MELHORIAS NO AEROPORTO INTERNACIONAL CATARATAS

O trade turístico de Foz do Iguaçu se uniu para reivindicar da Infraero e do governo federal a inclusão, no PAC 2 - segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento -, de uma série de obras no Aeroporto Internacional Cataratas. Em documento enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os representantes do turismo na região pedem “condições adequadas” ao aeroporto, para que possa atender à demanda crescente de passageiros, com mais conforto e segurança.
Foz do Iguaçu é o segundo atrativo turístico mais procurado por estrangeiros que visitam o Brasil, segunda cidade mais visitada no segmento de turismo e lazer e terceira cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais. A cidade está preparada para receber bem, com um dos maiores parques hoteleiros do país e atrações mundialmente famosas: as Cataratas do Iguaçu e a Usina de Itaipu. No entanto, segundo as entidades que subscrevem o documento, o Aeroporto Internacional Cataratas – construído há mais de 30 anos e sem receber qualquer investimento desde então – é hoje um dos maiores entraves para o desenvolvimento turístico de toda a região das Três Fronteiras, entre Brasil, Paraguai e Argentina.
A primeira reivindicação do documento é a reforma e ampliação do terminal de passageiros. As propostas incluem a construção de uma nova sala de embarque doméstico, com aproximadamente 600 metros quadrados, e a ampliação da sala de embarque internacional. Também pede a ampliação da área de desembarque doméstico, com a instalação de novas esteiras para a restituição de bagagens, e a ampliação da área de check in, de 21 para 34 balcões.
A carta ainda ressalta a necessidade de outras obras importantes para a melhoria das condições de recepção. Entre elas estão a climatização das áreas do saguão e do terraço; a duplicação da via externa inferior; a ampliação da área de estacionamento; a repaginação da área comercial; a construção de novo prédio para abrigar as empresas terceirizadas; e adequações de acessibilidade, entre outros.
Essas obras têm custo previsto de R$ 35 milhões. Uma outra reivindicação é para melhorar os equipamentos de aproximação e segurança do aeroporto, que hoje conta apenas com instrumentos limitados. A aquisição do ILS-CAT2 permitiria o pouso com visibilidade de apenas 400 metros da pista. O valor estimado do ILS-CAT2 é de R$ 6 milhões.
A pista atual, de 2.196 metros de comprimento por 45m de largura, restringe a possibilidade de pousos de aeronaves de maior porte. Para receber voos regulares, charters e cargueiros internacionais operados com aeronaves da família Airbus A-330/340 ou Boeing 747, seria necessário construir uma nova pista principal, de 3.450 metros de comprimento por 60 metros de largura. O valor estimado para a desapropriação de área custaria R$ 10 milhões e o valor estimado para a construção de uma nova pista, de 3.450 metros, é de R$ 78 milhões.
Além dessas obras, o documento pede também medidas para incrementar o número de voos e a competitividade do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. A primeira delas é a flexibilização das tarifas aeroportuárias e de navegação, pagas pelas empresas aéreas, operadores de aeronaves ou pelos passageiros. A proposta é equiparar as tarifas internacionais às de voos domésticos, para enfrentar a concorrência de dois outros aeroportos internacionais na região – o Iguazu, na Argentina, e o Guarani, no Paraguai. Por fim,o documento sugere a transformação do aeroporto em “hub” do Mercosul, isto é, um centro regional de distribuição de voos dos países vizinhos – Argentina, Paraguai, Uruguai –membros do Mercosul -, além de Chile e Bolívia.

(Fonte : Business Travel Magazine / HotNews / 08-03-10)

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