quinta-feira, 25 de março de 2010

JOBIM RECEBE ABAV E CRIA COMISSÃO PARA ANALISAR E RESOLVER PLEITOS DE AGÊNCIAS DE VIAGENS


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, a quem está subordinada a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), recebeu ontem à tarde, em Brasília, o presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, o Kaká, e o past president da entidade (e articulador de diversas negociações atualmente em andamento no setor), a pedido deste último. O objetivo da reunião era mostrar a Jobim como resoluções da Anac, especialmente a 138, que exige tarifa aérea única e transparente para o consumidor final, criarão entraves para o setor, incluindo agências de viagens, que poderão fechar as portas, e até as companhias aéreas.
Pela portaria, dificilmente a taxa D.U. ou qualquer outra para remuneração dos agentes poderão estar dentro das tarifas aéreas, criando uma matemática difícil para o setor e complicada ao passageiro.
O ministro Jobim, sensível ao pleito dos agentes, ligou para a presidente da Anac, Solange Vieira, e encaminhou Goiaci e Kaká para explicarem em detalhes os problemas ao diretor do Ministério da Defesa, Fernando Soares. Uma comissão foi criada e a expectativa é de que até junho, quando a resolução entrar em vigor, esses problemas sejam resolvidos, abrindo caminho para a volta da negociação da Abav com Tam e Gol para a criação da D.U. no internacional, sem a diferença no site, ou mesmo com a adoção, via Iata, da TASF - Travel Agent Service Fee.
Kaké e Goiaci entregam um documento ao ministro, no qual defendem por, exemplo:"· a DU – Somos favoráveis à transparência e que o e-tkt traga a expressão taxa, ou serviços de agenciamento claros e explícitos em seu corpo, já que muitos passageiros estão pagando DU sem saber exatamente do que se trata, mas apesar dessa expressão não dever ser incluída na tarifa em si, poderia e deveria ser incluída no documento de viagem (e-tkt; ou PNR) desde que fosse bem claro.
· a TASF – Travel Agency Service Fee é uma ferramenta de cobrança de taxas a ser disponibilizada pela Iata/BSP no mercado brasileiro, mas isso demandará pelo menos seis meses, já que terão que constituir uma nova empresa e importar os modelos para adequação ao mercado brasileiro."

Três pedidos foram destacados ao ministro:

· Preços finais iguais, através dos agentes de viagens ou das companhias aéreas. · Transparência – deixar claro ao passageiro o que ele está pagando, mas obter do mercado ferramentas adequadas para a cobrança daqueles componentes que não sejam parte integrante da tarifa;
· Prazo de adequação: termos pelo menos um ano para divulgar aos clientes e trabalhar na customização das ferramentas necessárias, treinamento de nossas equipes, e etc.
"Por último, gostaríamos de lembrar que a Portaria 138 prevê que todas as regras tarifárias façam parte do e-tkt e estejam escritas em português e toda a regra tarifária importadas dos GDS vêm escritas em inglês e não são reproduzidas nos e-tkts, sendo que algumas regras mundiais são extremamente extensas."
A criação do mecanismo de cobrança da remuneração dos agentes é também uma defesa em relação às companhias aéreas estrangeiras, que, lideradas por uma europeia, estariam prontas para implantar a comissão zero. Se os agentes não puderem cobrar a D.U., isso geraria transtorno e desemprego no setor.


COMISSÃO ZERO

Kaká, Goiaci e outros líderes dos agentes estiveram esta semana com a companhia aérea europeia em questão, que aceitou recuar até que toda a questão legal com a Anac seja resolvida e que a Iata crie mecanismos para a implantação da TASF. Até junho, portanto, ela continuará com os mesmos patamares de remuneração.

(Fonte e Foto : Panrotas)

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