Uma
equipe de sete servidores do Ministério do Turismo constatou que 81% das 62
obras vistoriadas pelo grupo no último ano estavam coerentes com o projeto
básico/executivo. O relatório das supervisões será entregue à Caixa Econômica
Federal (CEF) nos próximos dias.
A seleção
das obras foi feita com base na portaria 112, que estipula que as supervisões
devem ser realizadas em contratos já iniciados, paralisados, atrasados ou
aqueles cujos repasses são superiores a R$ 5 milhões. Como resultado, foram
selecionados 62 projetos de 33 municípios em 10 estados brasileiros: Alagoas,
Amazonas, Bahia, Goiás, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima,
Pernambuco e São Paulo.
“A
supervisão desses contratos é fundamental para aprimorar a gestão e o controle
de contratos de repasse, além de dar mais transparência à aplicação dos gastos
públicos no país”, afirmou o ministro do Turismo interino, Alberto Alves.
Do total
de obras visitadas, 19% estavam incoerentes com o projeto. Esses casos serão
notificados à Caixa Econômica Federal, responsável pela operacionalização dos
contratos do MTur, desde a celebração até a prestação de contas final.
“Vamos
apresentar esse relatório final à Caixa Econômica Federal para que eles possam
sanar as pendências apontadas pelo MTur”, explica o engenheiro do MTur,
Alexandre Mangini. As normas relativas as transferências voluntárias de
recursos do Orçamento Geral da União são regidas pelo Decreto Lei 6.170 e
regulamentadas pela Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU Nº 507. As vistorias
têm como objetivo avaliar o andamento das obras e se elas estão de acordo com o
objeto contratado. A mudança desse objeto é expressamente vedada pela
legislação vigente. Se for comprovado o desvio de finalidade, os recursos
deverão ser devolvidos integralmente à União, caso o tomador não tome as
providências para que o objeto retome a funcionalidade originalmente pactuada.
VISTORIAS
- A equipe
também analisou a eficiência dos contratos das obras, analisando a documentação
apresentada pelos estados e municípios para a Caixa Econômica Federal. A
intenção foi verificar se os documentos relacionados estavam de acordo com as
exigências estabelecidas pelo MTur. Foram analisados 2010 documentos, dos quais
63% apresentaram informações consistentes e de acordo com as normas legais.
Entre os documentos exigidos pelo MTur, para celebração e execução de contratos
de repasse, estão o edital de licitação, projeto da obra e licenças ambientais.
No
quesito efetividade, que analisa se a obra realizada está disponível para uso
da população, a equipe verificou um índice de conformidade da ordem de 60%. As
não-conformidades também estarão listadas no relatório enviado à CEF.
INFRAESTRUTURA
TURÍSTICA - Desde
2003 o ministério investiu mais de R$ 10 bilhões em obras de infraestrutura
turística, beneficiando cerca de 4,6 mil municípios em todo o país. São obras
de construção, ampliação ou reforma de centros de convenções, praças públicas,
museus, áreas de lazer, entre outras, além de apoio a projetos de sinalização,
acessibilidade e requalificação, que impactam diretamente a vida do cidadão
brasileiro.
(Fonte
: MTur / Imagem divulgação)
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