O secretário-geral da agência especializada da
Organização das Nações Unidas (ONU), Taleb Rifai, destacou nesta segunda-feira
(18) que esse foi o sexto ano consecutivo de crescimento acima da média, com um
aumento de 4% ou mais das chegadas internacionais desde 2010, depois da crise
econômica
O turismo
ao redor do mundo registrou em 2015 um recorde de 1,18 bilhão de viagens
internacionais, 4,4% a mais do que no ano anterior, o que significa 50 milhões
de viajantes extras, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT).
Em
entrevista coletiva, o secretário-geral da agência especializada da Organização
das Nações Unidas (ONU), Taleb Rifai, destacou nesta segunda-feira (19) que
esse foi o sexto ano consecutivo de crescimento acima da média, com um aumento
de 4% ou mais das chegadas internacionais desde 2010, depois da crise
econômica.
O aumento
de 5% das chegadas de turistas internacionais nos destinos das economias
avançadas superou o das emergentes, com 4%, graças, principalmente, aos
excelentes resultados da Europa, que liderou o crescimento em termos absolutos
e relativos. Os resultados não foram iguais em todos os destinos devido a uma
oscilação forte das taxas de câmbio, à redução dos preços do petróleo e outros
produtos básicos, o que fez com que aumentasse a disponibilidade de renda nos
países importadores, mas enfraquecesse nos exportadores.
Além
disso, houve uma preocupação crescente quanto à segurança, após os atentados na
Tunísia, França e Turquia.
"Não
deixemos que o pânico e o medo nos embarguem. Isso é o que os terroristas
querem que aconteça. Temos que continuar com nossas vidas, que tem no ato de
viajar uma parte importante. Não defendemos o afrouxamento das medidas de
segurança, mas pedimos que não sejam impostas restrições à circulação de
pessoas, o que representa dar um passo atrás na abertura e nas facilidades para
viajar conseguidas até agora", disse o representante da principal
organização internacional no campo do turismo.
A força
da Europa, que recebeu 609 milhões de turistas em 2015, se deve em parte ao
enfraquecimento do euro com relação ao dólar e outras divisas importantes. A
Europa Central e o Leste Europeu representaram 6%, se recuperando da queda de
2014, o mesmo crescimento que teve o Norte Europeu. A Europa Meridional e a
Mediterrânea e a Ocidental também registraram bons resultados, com avanços de
5% e 4%, respectivamente.
A Ásia e
o Pacífico, com uma alta de 5%, registraram 13 milhões mais chegadas
internacionais no ano passado, até alcançar as 277 milhões, com resultados
desiguais entre os destinos.
O
crescimento de 5% nas Américas se traduziu em 9 milhões de viajantes
adicionais, até 191 milhões, consolidando assim os excelentes resultados de
2014. A apreciação do dólar estimulou o turismo emissor dos Estados Unidos, o
que beneficiou, sobretudo, o Caribe e a América Central, que registraram um
crescimento de 7%. Os resultados na América do Sul e América do Norte, em ambos
os casos de 4%, foram próximos à média.
O Oriente
Médio cresceu 3%, chegando a 54 milhões de turistas, consolidando a recuperação
iniciada em 2014, Já os dados para a África apontam a uma queda de 3%, com 53
milhões, depois que as chegadas ao norte do continente caíram 8% e na África
Subsaariana, 1%.
Quanto
aos principais mercados emissores do mundo, a China segue na vanguarda do
turismo emissor mundial, priorizando os destinos asiáticos, como o Japão e a
Tailândia, assim como os Estados Unidos e diversos lugares europeus.
Os
seguintes mercados foram Estados Unidos e Reino Unido, com subidas de 9% e de
6%, respectivamente, favorecidos por moedas fortes e economias em reativação.
Alemanha, Itália e Austrália cresceram a um ritmo mais lento, de 2%, enquanto a
demanda do Canadá e da França foi "bem mais fraca".
Por outro
lado, a despesa de outros mercados emissores, antes muito dinâmicos, como a
Rússia e o Brasil, reduziu significativamente, como reflexo das restrições
econômicas de ambos os países e a desvalorização de suas moedas com relação a
praticamente todas as demais.
De acordo
com a OMT, as perspectivas para 2016 são muito positivas, embora a um nível
ligeiramente inferior em comparação aos dois anos anteriores, com uma subida de
4%.
(Fonte :
EFE – 19-01-16 - Imagem divulgação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário