quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Mercado registra recorde de 1,18 bi de viagens pelo mundo em 2015




O secretário-geral da agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), Taleb Rifai, destacou nesta segunda-feira (18) que esse foi o sexto ano consecutivo de crescimento acima da média, com um aumento de 4% ou mais das chegadas internacionais desde 2010, depois da crise econômica



O turismo ao redor do mundo registrou em 2015 um recorde de 1,18 bilhão de viagens internacionais, 4,4% a mais do que no ano anterior, o que significa 50 milhões de viajantes extras, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT).

Em entrevista coletiva, o secretário-geral da agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), Taleb Rifai, destacou nesta segunda-feira (19) que esse foi o sexto ano consecutivo de crescimento acima da média, com um aumento de 4% ou mais das chegadas internacionais desde 2010, depois da crise econômica.

O aumento de 5% das chegadas de turistas internacionais nos destinos das economias avançadas superou o das emergentes, com 4%, graças, principalmente, aos excelentes resultados da Europa, que liderou o crescimento em termos absolutos e relativos. Os resultados não foram iguais em todos os destinos devido a uma oscilação forte das taxas de câmbio, à redução dos preços do petróleo e outros produtos básicos, o que fez com que aumentasse a disponibilidade de renda nos países importadores, mas enfraquecesse nos exportadores.

Além disso, houve uma preocupação crescente quanto à segurança, após os atentados na Tunísia, França e Turquia.

"Não deixemos que o pânico e o medo nos embarguem. Isso é o que os terroristas querem que aconteça. Temos que continuar com nossas vidas, que tem no ato de viajar uma parte importante. Não defendemos o afrouxamento das medidas de segurança, mas pedimos que não sejam impostas restrições à circulação de pessoas, o que representa dar um passo atrás na abertura e nas facilidades para viajar conseguidas até agora", disse o representante da principal organização internacional no campo do turismo.

A força da Europa, que recebeu 609 milhões de turistas em 2015, se deve em parte ao enfraquecimento do euro com relação ao dólar e outras divisas importantes. A Europa Central e o Leste Europeu representaram 6%, se recuperando da queda de 2014, o mesmo crescimento que teve o Norte Europeu. A Europa Meridional e a Mediterrânea e a Ocidental também registraram bons resultados, com avanços de 5% e 4%, respectivamente.

A Ásia e o Pacífico, com uma alta de 5%, registraram 13 milhões mais chegadas internacionais no ano passado, até alcançar as 277 milhões, com resultados desiguais entre os destinos.

O crescimento de 5% nas Américas se traduziu em 9 milhões de viajantes adicionais, até 191 milhões, consolidando assim os excelentes resultados de 2014. A apreciação do dólar estimulou o turismo emissor dos Estados Unidos, o que beneficiou, sobretudo, o Caribe e a América Central, que registraram um crescimento de 7%. Os resultados na América do Sul e América do Norte, em ambos os casos de 4%, foram próximos à média.

O Oriente Médio cresceu 3%, chegando a 54 milhões de turistas, consolidando a recuperação iniciada em 2014, Já os dados para a África apontam a uma queda de 3%, com 53 milhões, depois que as chegadas ao norte do continente caíram 8% e na África Subsaariana, 1%.

Quanto aos principais mercados emissores do mundo, a China segue na vanguarda do turismo emissor mundial, priorizando os destinos asiáticos, como o Japão e a Tailândia, assim como os Estados Unidos e diversos lugares europeus.

Os seguintes mercados foram Estados Unidos e Reino Unido, com subidas de 9% e de 6%, respectivamente, favorecidos por moedas fortes e economias em reativação. Alemanha, Itália e Austrália cresceram a um ritmo mais lento, de 2%, enquanto a demanda do Canadá e da França foi "bem mais fraca".

Por outro lado, a despesa de outros mercados emissores, antes muito dinâmicos, como a Rússia e o Brasil, reduziu significativamente, como reflexo das restrições econômicas de ambos os países e a desvalorização de suas moedas com relação a praticamente todas as demais.

De acordo com a OMT, as perspectivas para 2016 são muito positivas, embora a um nível ligeiramente inferior em comparação aos dois anos anteriores, com uma subida de 4%.



(Fonte : EFE – 19-01-16 - Imagem divulgação)

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