Os
primeiros aeroportos concedidos à administração privada tiveram forte
crescimento no número de passageiros em 2013, primeiro ano de sua
administração. As concessionárias conseguiram atrair para Guarulhos, Viracopos
e Brasília 4,3 milhões de viajantes a mais do que no ano anterior, numa
expansão anual de 7,5%. Enquanto isso, a soma de passageiros em todos os 63
aeroportos administrados pela estatal Infraero caiu 0,6%.
O
aumento do número de passageiros ocorreu antes mesmo da conclusão das obras de
expansão e, por isso, sobrecarregou os já lotados terminais. Além da evolução
natural dos grandes aeroportos, as concessionárias estabeleceram estratégias
para aumentar as receitas logo no início da operação. No caso da administradora
de Guarulhos, a GRU Airport, controlada pela Invepar, a estratégia foi expandir
o número de voos, especialmente por meio da atração de mais companhias aéreas.
Sete novas empresas começaram a operar em Guarulhos em 2013, entre elas a US
Airways. A segunda medida foi incentivar as companhias a usar aviões de maior
capacidade. Essas medidas fizeram o número de passageiros em Guarulhos subir
para 36 milhões em 2013, um crescimento de 9,8% em relação ao ano anterior.
Em
Brasília, o aeroporto da Inframérica, controlada pelo grupo Engevix e pela
argentina Corporación América, teve crescimento de 4,5% no número de
passageiros - para 16,6 milhões. Boa parte dessa evolução ocorreu no segundo
semestre. Duas novas companhias aéreas - Aerolíneas Argentinas e Air France -
passaram a operar na capital do país. Além disso, o aeroporto atraiu mais voos
de conexões (8% a mais). O aumento se deu em meio a uma operação tumultuada,
por causa dos trabalhos de expansão.
Em
Campinas, onde opera a Aeroportos Brasil Viracopos, controlada por Triunfo
Participações e Investimentos, UTC Participações e Egis, a expansão em 2013 foi
de 4,9%, para 9,3 milhões de passageiros. Nesse caso, o crescimento se deve a
novas posições de aeronaves, mas também em grande parte à evolução natural do
terminal.
(Fonte : Jornal Valor
Econômico)
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