A
Prefeitura de São Paulo negou um pedido da Harpia Logística para instalação de
um aeroporto em Parelheiros, zona sul da capital. A construção do Aeródromo
Privado Rodoanel havia recebido, em 25 de julho, autorização da Secretaria de
Aviação Civil da Presidência. Antes que as obras comecem, porém, é necessário
que o governo municipal avalie o projeto.
Em
31 de julho, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano negou a certidão
de uso e ocupação do solo requisitada pela Harpia. O documento é uma garantia
dada pelo poder público ao empreendedor de que a atividade que ele pretende
explorar pode ser desenvolvida naquele terreno. Outra pasta, a do Verde e Meio
Ambiente, ainda deve avaliar os impactos que a construção do novo aeroporto
pode provocar na região.
A
Harpia Logística informou que vai entrar com um recurso contra a decisão da
Prefeitura. “Obras deste porte passam por um processo rigoroso e é comum que
ocorram indeferimentos durante a fase de aprovação”, disse a empresa, em nota.
A Harpia afirmou, ainda, que o projeto está sendo desenvolvido há dois anos e
os trâmites legais estão “dentro do cronograma previsto”.
A
instalação do aeródromo deve encontrar resistência de alguns setores da
Prefeitura por não ter sido prevista no Plano Diretor Estratégico (PDE) de
2002, conjunto de diretrizes que regulamenta, entre outras coisas, o uso dos
terrenos da cidade. De acordo com a lei, a área de 3,5 milhões de metros
quadrados, conhecida como Fazenda da Ilha, onde o aeroporto deve ser
construído, é parte de uma área de proteção ambiental.
Uma
revisão do PDE, que está sendo feita pelo município, deve ser votada na Câmara
Municipal até o fim do ano. O vereador Nabil Bonduki (PT), que é urbanista e
foi o relator do último PDE, já se posicionou contra o empreendimento. “O
aeroporto pode transformar aquela região, que é protegida, numa nova área de
expansão urbana, uma coisa que a cidade não precisa.” Segundo Bonduki,
lideranças comunitárias da região se reuniram no dia 1.° e estão preparando um
manifesto contra o aeroporto.
PERMISSÃO
A
Harpia recebeu, do governo federal, a primeira autorização de um aeroporto
privado que poderá operar voos de aviação executiva e cobrar tarifas
aeroportuárias. Para levar o projeto adiante, é previsto um investimento de R$
1 bilhão ao longo dos próximos dez anos, de acordo com a empresa.
O novo aeroporto deverá operar serviços de táxi aéreo, helicópteros, movimentação de cargas e armazenagem de peças de aeronaves privadas. O projeto prevê a construção de uma pista de 1.830 metros – a do Aeroporto de Campo de Marte, na zona norte da Capital, também destinado à aviação executiva, tem 1.600 metros. Hotel e módulos comerciais, além de postos da Receita Federal, devem ser construídos. O empreendimento terá capacidade para realizar até 156 mil pousos e decolagens por mês até2020, segundo a empresa. Inicialmente, cogitou-se que a operação começaria no fim do ano que vem.
O novo aeroporto deverá operar serviços de táxi aéreo, helicópteros, movimentação de cargas e armazenagem de peças de aeronaves privadas. O projeto prevê a construção de uma pista de 1.830 metros – a do Aeroporto de Campo de Marte, na zona norte da Capital, também destinado à aviação executiva, tem 1.600 metros. Hotel e módulos comerciais, além de postos da Receita Federal, devem ser construídos. O empreendimento terá capacidade para realizar até 156 mil pousos e decolagens por mês até2020, segundo a empresa. Inicialmente, cogitou-se que a operação começaria no fim do ano que vem.
A
Harpia Logística pertence a Fernando Augusto Camargo de Arruda Botelho, filho
de Fernando Botelho, acionista do Grupo Camargo Corrêa falecido ano passado, e
a André Junqueira Pamplona Skaf, filho do presidente da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
● Comparação
1.830
metros é o
tamanho da pista do novo
aeroporto, de acordo com projeto
aeroporto, de acordo com projeto
1.600
metros tem
a pista do Campo de Marte
(Fonte : Jornal O Estado de São
Paulo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário