A Associação
Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) está vendo sinais
de recuperação no setor. Ontem, a entidade revisou suasprevisõespara2013e
elevou a estimativa de lucro das companhias aéreas globais para US$ 12,7
bilhões no ano – acima do US$ 10,6 bilhões projetados em março e 67% superior
aos U$7,6 bilhões registrados no ano passado.
O
diretor-geral da Iata, Tony Tyler, alertou, no entanto, que os negócios “ainda
estão difíceis” e que as companhias do setor estão operando com uma margem de
lucro de 1,8%. Isso significa um “lucro de US$ 4 por passageiro, menos que o
preço de um sanduíche na maior parte do mundo”, comentou Tyler ontem durante
reunião anual da entidade.
O
setor aéreo vem de um momento de aumento de custos operacionais, principalmente
do combustível. As despesas com combustíveis subiram 55% desde2006 e as
empresas ainda estão voando em condições consideravelmente desfavoráveis,
queixou-se Tyler. “Gerar lucro, mesmo que sejam pequenos, nas condições atuais
é um grande feito”, disse.
Um
dos motivos que levou a Iata a projetar ganhos maiores para as empresas aéreas
neste ano é a queda no preço do barril de petróleo nos últimos meses,
referência para o valor do querosene de aviação. O preço do barril vinha
subindo até fevereiro, quando fechou na casa de US$ 115, mas caiu desde então e
hoje está em torno de US$ 100.
A
previsão da Iata é que o preço médio do barril seja de US$ 108 neste ano,
abaixo da cotação média de 2012, de US$ 111,8.
Outra razão para o otimismo da associação, que reúne 240 empresas aéreas de todo o mundo, são os ganhos de eficiência operacional neste ano. “Melhorar a performance é o que mantém as aéreas no azul. As empresas estão colocando mais pessoas no avião”, disse Tyler.
Outra razão para o otimismo da associação, que reúne 240 empresas aéreas de todo o mundo, são os ganhos de eficiência operacional neste ano. “Melhorar a performance é o que mantém as aéreas no azul. As empresas estão colocando mais pessoas no avião”, disse Tyler.
A
expectativa dele é de que a indústria atinja uma taxa de ocupação nos voos de
80,3% neste ano, acima do índice de 79% registrado no ano passado.
A
Iata prevê também que as companhias aéreas vão transportar 3,1 bilhões de
pessoas neste ano, superando pela primeira vez a marca de 3 bilhões.
AMÉRICA
LATINA
A
Iata manteve, no entanto, as projeções de lucro anunciadas em março para as
empresas aéreas da América Latina, de US$ 600 milhões. A previsão é de que a
demanda por transporte aéreo na região aumente 9,8% e que a oferta de assentos
suba 7,8% neste ano.
A
redução do preço do combustível beneficia também as empresas aéreas
brasileiras, já que ele representa cerca de 40% dos custos. Essa despesa, no
entanto, é dolarizada.Com a valorização da moeda americana neste ano ante o
real, a conta do combustível pode ficar mais cara para as empresas brasileiras
mesmo com a redução do preço do barril.
O
ano de 2012 foi marcado por prejuízos entre as companhias aéreas brasileiras.
Gol e Azul registraram prejuízo líquido, respectivamente, de R$ 1,5 bilhão e R$
170 milhões no ano passado. A TAM passou a divulgar seu balanço financeiro
consolidado ao resultado da Latam a partir do terceiro trimestre do ano
passado. Nos seis primeiros meses do ano, suas perdas somaram R$ 827 milhões.
O
desafio das empresas é recuperar o lucro em um momento em que a demanda por
voos domésticos no Brasil está caindo. Em abril, a queda foi de 3,35% ante o
mesmo mês de 2012.
● RECUPERAÇÃO
US$
12,7 bi é a
previsão de lucro da Iata para as companhias aéreas de todo o mundo em 2013,
alta de 67% em relação aos ganhos de 2012
US$600
mi é quanto
devem lucrar neste ano as empresas aéreas da América Latina
3,1
bilhões de
pessoas devem viajar de avião neste ano em todo o mundo
3,35%
foi a
retração da demanda por voos domésticos no Brasil em abril deste ano, na
comparação com abril do ano passado
(Fonte
: Jornal O Estado de São Paulo / imagem divulgação)
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