O estudo para uma eventual
ajuda do governo para as companhias aéreas brasileiras já foi entregue pela
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) à Secretaria de Aviação Civil (SAC),
afirmou nesta terça-feira o diretor-presidente da agência, Marcelo Guaranys.
Segundo ele, o relatório foi
demandado pela própria SAC para analisar como o governo poderia auxiliar as
companhias aéreas brasileiras, que atravessam momento de câmbio desfavorável
para custos em dólares, desaceleração na demanda e preços elevados de
combustível.
"O ministro pediu para
nós um relatório econômico e financeiro sobre a vida das empresas... A partir
de agora, o Ministério pode ter informações para poder pensar em um plano para
ajudar as empresas", disse Guaranys a jornalistas durante vistoria no
aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Em abril, o ministro à frente
da pasta, Moreira Franco, havia dito à Reuters que a SAC pediu ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Anac estudos para
auxiliar as companhias aéreas.
A Gol e a TAM, duas maiores
empresas do setor no Brasil, fecharam 2012 com resultados desanimadores. A Gol
teve um prejuízo de 1,5 bilhão de reais e a Latam (resultado da união da
chilena LAN e da brasileira TAM) teve lucro de apenas 11 milhões de dólares, 97
por cento inferior ao de 2011.
CONGONHAS
O presidente da Anac também
afirmou que a agência pretende finalizar ainda neste mês um relatório sobre
audiência pública promovida para definir novas regras para distribuição de
horários de pouso e decolagem (slots) nos aeroportos.
"Recebemos mais de 300
manifestações e estamos apurando o resultado final da audiência pública.
Estamos recebendo item por item e dizendo porque incorporamos ou não essas
regras. Nossa previsão é fechar esse relatório até o fim do semestre e levar a
votação à diretoria da Anac", disse.
A agência está revendo uma
resolução sobre regras para a distribuição dos slots, principalmente em
Congonhas, para permitir que novas empresas aéreas passem a operar em um
aeroporto cujos slots estão em sua maioria com a TAM e a Gol.
Questionado sobre a situação
no aeroporto, Guaranys afirmou que a Anac "está estudando a real
capacidade do aeroporto para oferecer à população um serviço que mantenha
condições de segurança e qualidade".
Nesta terça-feira, o
presidenta da Infraero, estatal que administra aeroportos brasileiros, afirmou
à Reuters que vê espaço para mais 4 slots para aviação regular em Congonhas.
Atualmente, Congonhas opera
com 34 pousos e decolagens por hora, sendo 30 da aviação comercial e 4 de
aviação regional. O aeroporto também tem slots de oportunidade para horários de
pico. As companhias aéreas querem que os quatro slots de aviação regional sejam
transferidos para a aviação comercial, elevando para 34 os slots para voos
comerciais.
(Fonte : Reuters / imagem divulgação)
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