segunda-feira, 13 de maio de 2013

CONCESSÕES: GOVERNO QUER DIFERENTES GESTORES


 
O presidente da Anac, Marcelo Guaranys, disse que o governo quer players diferentes nos cinco aeroportos concedidos ao setor privado: Galeão, Confins, Guarulhos, Brasília e Viracopos. O objetivo é estimular a competição no setor aeroportuário brasileiro, que até recentemente era monopólio da Infraero. Segundo Guaranys, a expectativa é que se instale no país um sistema semelhante ao que funciona nos EUA e na Europa, onde os operadores montam “banquinhas” com propagandas para atrair negócios e tráfego.
— A determinação é que a gente tenha players diferentes nesses cinco aeroportos para garantir concorrência. A tendência é permitir o máximo de participantes nos leilões do Galeão e de Confins — disse Guaranys. Guaranys confirmou que a Anac está sendo procurada por grandes construtoras nacionais e operadores estrangeiros, em busca de informações sobre Galeão e Confins.
— Esperamos concorrência e ágio. Todo mundo está se movimentado e quem estava interessado na primeira rodada está interessado nessa também — destacou Guaranys.

FUNDOS DE PENSÃO

 
Ele disse que o governo ainda não bateu o martelo sobre a forma como os grandes fundos de pensão das estatais serão autorizados a participar da disputa. Os fundos são majoritários no consórcio que arrematou Guarulhos, via Invepar, numa sociedade com a africana ACSA. Segundo fontes do mercado, a Invepar tem sido sondada pela alemã Fraport, de olho na segunda rodada de concessão dos aeroportos. A operadora é um dos ”sonhos de consumo” do governo brasileiro, no entanto não estaria disposta a entrar com a maior parte do capital.
Segundo o presidente da Anac, a manutenção da Infraero no modelo de concessão de Galeão e Confins como sócia minoritária (49%) é importante, porque a estatal precisa manter pelo menos parte das receitas dos dois grandes aeroportos para bancar os demais sob a sua gestão, alguns deficitários. Ele disse que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) está finalizando com o Ministério da Fazenda a política de subsídio da aviação regional e rebateu as críticas do setor rodoviário de que o governo está tratando de forma desigual os setores de transporte de passageiros.
— Nós temos pouca utilização do transporte aéreo como transporte de massa, principalmente nas rotas regionais. É natural que aumentando os voos regionais, haverá menos passageiros nos ônibus. Mas, não vai acabar com o movimento do transporte rodoviário. Estamos preocupados com o cidadão, com direito que ele tem de ir e vir com rapidez e segurança.
 
(Fonte : Jornal O Globo)

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