sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

DILMA ADIA ALTA DE TARIFA E AGRADA ÀS EMPRESAS AÉREAS


As companhias aéreas elogiaram, com pequenas ressalvas, o pacote anunciado ontem pela presidente Dilma Rousseff. Um dos pontos mais aplaudidos foi a decisão de adiar, sem nova data, o aumento de 86% nas tarifas de navegação aérea que estava previsto para janeiro. "Isso evita uma despesa adicional que estimávamos em R$ 400 milhões", disse Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, associação que reúne as cinco maiores empresas do setor.
O presidente da Azul, David Neeleman, afirmou que tem interesse imediato em ampliar sua malha de voos para 20 novos destinos. Só não faz isso, segundo ele, porque a infraestrutura nessas localidades impede a operação regular de suas aeronaves.
"Temos 20 aeroportos onde queremos entrar e não podemos", disse Neeleman, sem relevar quais são esses municípios, mas citando a falta de equipamentos de segurança e de combate a incêndio. Hoje a Azul atende a cem localidades. "Podem ser 150 ou mais. Estou muito feliz em ver o foco na aviação regional."
O empresário lembrou, no entanto, que é preciso atacar os altos custos do querosene de aviação no país e culpou as alíquotas de ICMS. O Brasil tem o terceiro maior preço do mundo para o combustível. "Pagamos R$ 4 por litro no Amazonas. É caro demais", disse Neeleman. Para ele, reduzir a tributação é mais eficiente do que dar subsídios para estimular a aviação regional.
O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, evitou se estender em seus comentários, mas comemorou a isenção de tarifas garantidas aos aeroportos regionais. "Achei [o anúncio] ótimo, uma decisão importante", afirmou o executivo.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

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