terça-feira, 9 de outubro de 2012

TREM BALA SÃO PAULO-RIO VAI DEMORAR MAIS


Com custo estimado de R$ 35 bilhões e tempo de espera que deverá se prolongar por mais seis a oito anos, o trem-bala que deverá ligar São Paulo e Rio de Janeiro ainda é um projeto cujo desenvolvimento vai demorar por muitas discussões e processos burocráticos. Enquanto isso, em outras regiões do mundo, o meio de transporte está sendo bastante acelerado, como acontece na China, onde estão em construção cerca de 15 mil quilômetros de linhas com a tecnologia do TGV francês.
No dia 15 do mês de setembro começaram as obras dos 450 km em pleno deserto da Arábia Saudita e que vão ligar as cidades santas de Meca e Medina. A areia é o principal problema técnico da obra que tem um consórcio espanhol à frente e que, além desta questão e do calor com temperaturas que chegam a 50 graus ainda tem a questão social e religiosa. Tanto que trabalhadores muçulmanos terão que ser contratados em território europeu e será montada uma escola de formação na própria Arábia, tudo voltado para que o trecho fique pronto até dezembro de 2016.
O transporte previsto é de 160 mil passageiros diariamente. Para Pablo Vazquez, diretor-presidente do consórcio, a obra que é o maior investimento de empresas espanholas no exterior também abrirá possibilidades para outras oportunidades no setor, como no caso do Brasil. A Russia, também está neste horizonte futuro com a linha entre Moscou e São Petersburgo, bem como a construção do metrô de Riad.
O governo brasileiro projeta o inicio de funcionamento entre os anos de 2018 e 2010. A primeira licitação será em 29 de maio do próximo ano, para a construção dos trens e operação do sistema. No começo de 2014, será feita a segunda etapa com a licitação de toda a construção da infraestrutura, os trilhos ferroviários e as estações, entre outras obras. 60% do investimento previsto será financiado pelo BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social).
O Brasil quer o máximo de empresas estrangeiras concorrendo no projeto, e procura aguçar o interesse de empresas da Alemanha, França, Espanha, Coreia do Norte e Japão, paises que são os de maior e melhor experiência em alta velocidade no mundo nos aspectos tecnológicos e de gestão.
O trilho ferroviário terá um total de 510 quilômetros entre as duas maiores cidades do Pais, e da capital paulista sairá um segundo trecho de 97 quilômetros até Campinas. O projeto é considerado complexo, pois implicará na construção de 90,9 quilômetros de túneis e outros 107,8 quilômetros de pontes e viadutos.
Segundo as previsões do governo federal, o primeiro trem de alta velocidade da América Latina transportará cerca de 33 milhões de pessoas em seu primeiro ano de operações e chegará a 100 milhões para 2030

(Fonte : Brasilturis Jornal / imagem divulgação)

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