segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ATÉ A COPA, PORTOS PARA PASSAGEIROS DEVEM SAIR


Parte dos portos para passageiros em construção deve ser entregue até a Copa do Mundo, informou o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), evento promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) no Píer Mauá, no Rio. Segundo Figueiredo, o programa de investimentos para os portos deve ser lançado em outubro:
- Estamos trabalhando para que a parte dos portos para passageiros esteja pronta até a Copa do Mundo e para as Olimpíadas - afirmou ele, acrescentando que a EPL não está participando do planejamento do programa de investimentos para aeroportos.

INVESTIMENTOS COMO OS DAS RODOVIAS

Com valores ainda em discussão, Figueiredo adiantou que os investimentos devem ser do mesmo patamar do programa de rodovias, já anunciado pelo governo federal.

- Imagino que, para atender o mercado até 2030, os investimentos devem ser, numa ordem de grandeza, de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões.

O programa deve prever projetos de adequação de portos já existentes, além da criação de novos portos, segundo Figueiredo. Não haveria previsão de acabar com as companhias docas, disse ele:

- No caso da Bahia, por exemplo, tem que ter um porto novo, porque, na região de Ilhéus, a ferrovia vai gerar essa necessidade. O programa de portos é decorrente do programa de ferrovias.

"PORTOS OCIOSOS NÃO DEVERIAM EXISTIR"

Figueiredo explicou, ainda, que o pacote dos portos conta com um mapeamento feito pela Secretaria de Portos (SEP), que listou os pontos críticos dos portos brasileiros, em especial dos mais estratégicos, como os do Rio de Janeiro (RJ), Pecém (CE) e Suape (PE):

- O governo também pretende agir em portos ociosos. Esse tipo de unidade não deveria existir.

As linhas de financiamento para os investimentos nos portos devem ser oferecidas via BNDES, de acordo com Figueiredo:

- O BNDES ainda está trabalhando na montagem das linhas de financiamento. Mas a decisão é que o financiamento estará disponível para o empresário assim que o contrato de concessão for assinado e começarem as obras.

DÉFICIT EM INFRAESTRUTURA

Segundo Figueiredo, o país tem um déficit em infraestrutura que reflete a falta de investimentos:

- Isso criou um déficit que queremos recuperar. Não podem surgir novos déficits. Isso nos obriga a mudar o patamar de investimentos em infraestrutura. Não bastam portos. É preciso operadores portuários com os melhores serviços e preços competitivos. - afirmou.
O presidente da EPL cobrou, ainda, uma maior eficiência do setor portuário do país para que o Brasil possa ser mais competitivo:
- Queremos no Brasil um selo portuário eficiente. Temos que ter capacidade e ter competitividade.

(Fonte : Jornal O Globo)

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