Se você é de São Paulo e está a bordo de um cruzeiro, a chance de se ver rodeado por conterrâneos é considerável. Segundo uma pesquisa feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas) a pedido da Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), os paulistas representaram 61% dos passageiros que embarcaram durante a temporada 2010/2011. O Rio de Janeiro, segundo colocado, ficou com distantes 12%.
Tamanha predominância é explicada em parte pelo fato de Santos ser o maior porto do país. Dos 16 cruzeiros confirmados para a próxima temporada no Brasil, que começa em novembro, 11 vão partir do porto paulista e um fará escala com embarque.
Variadas, as alternativas oferecidas pelas operadoras e agências de turismo incluem desde roteiros mais curtos e econômicos - os chamados minicruzeiros, de três ou quatro dias - até opções luxuosas, com destinos internacionais e paradas em várias cidades da costa brasileira.
Os preços variam segundo a disponibilidade de lugares, que já estão à venda para quem quiser garantir o verão em um desses hotéis flutuantes.
A expectativa da Abremar é que 758 mil pessoas embarquem em cruzeiros na costa brasileira na próxima temporada, que vai até abril. O número, porém, diz a entidade, será 15% menor do que o do período passado. A predominância de roteiros mais longos, no lugar dos minicruzeiros mais frequentes na última temporada, explica a queda, segundo a associação.
"Também teremos dois navios a menos em relação à temporada passada. Isso traz um impacto direto no número de roteiros, reduz os meses da temporada e o número de passageiros", afirma Ricardo Amaral, presidente da Abremar. "Pela primeira vez desde 2004, o país vai registrar uma queda no número de passageiros."
Além disso, ele aponta outros fatores, como problemas na infraestrutura dos portos brasileiros e a competitividade internacional. "Um dos navios que cancelaram a vinda para cá vai agora para Dubai, onde as vendas podem não ser tão atrativas, mas os custos com certeza são menores."
COMO ESCOLHER
O que você deve saber antes de embarcar no navio
Perfil do navio
Como são muitas as opções, a dica da associação é que o cliente se informe com a agência de viagem sobre o que cada navio oferece. Por exemplo, quem não gosta de música eletrônica não deve embarcar num navio do gênero
Duração da viagem
O mais aconselhável a quem nunca fez um cruzeiro são os roteiros mais curtos (os minicruzeiros) e com menos escalas. Há opções na próxima temporada com duração de apenas três dias
Como pagar
Comprar antecipadamente garante parcelamentos e descontos. Mas atenção à cotação do dólar, pois vale o câmbio da data da compra. Há descontos para acompanhantes numa mesma cabine
Dinheiro na mão
Muitas vezes é preciso desembolsar outros valores na viagem, como com bebidas. Informe-se antes com o agente de viagem o que o navio oferece no pacote e o que é pago por fora
Mapa do navio
Analisar o mapa da embarcação ajuda a identificar acomodações próximas a salões de festa e a casas de máquinas, que causam barulho e atrapalham o sono
Escolha da cabine
As cabines externas e nas extremidades da embarcação tendem a chacoalhar mais. As internas e localizadas no meio do navio balançam menos, mas lá, quando as luzem se apagam, a escuridão é total
(Fonte & imagem : Jornal Folha de S. Paulo)
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