Estacionados há sete anos em Congonhas, quatro aviões da Vasp estão
sendo desmontados desde o início do mês. A sucata irá a leilão.
Esse já foi o destino de outras quatro aeronaves em agosto de 2011
-somente uma foi vendida inteira. Cada uma ocupa um espaço que poderia gerar
receita de R$ 100 mil ao mês à Infraero.
Os aviões fazem parte da massa falida da Vasp, que deixou de voar em 2005
e veio à falência em 2008, após não conseguir cumprir seu plano de recuperação
judicial.
A Infraero foi contratada pelo Conselho Nacional de Justiça para fazer o
serviço com o objetivo de agilizar o processo de falência, além de abrir espaço
no aeroporto.
Toda a sucata, porém, ainda permanece no pátio do aeroporto. Num
primeiro leilão, em fevereiro, foram arrecadados R$ 291 mil com os quatro
primeiros aviões sucateados e um Boeing-737/200 inteiro - tudo até hoje no
local. Os recursos serão usados para saldar dívidas da Vasp.
Não há data para o leilão do material que sobrou dos quatro aviões
"picotados" neste mês. A expectativa é obter ao menos R$ 30 mil com a
sucata de cada aeronave -menos do que o custo de R$ 35 mil para transformar
cada avião em ferro-velho.
Do segundo lote de aviões desmontados, a Infraero concluiu o serviço em
três -um Airbus A300 e dois Boeing-737/300. A estatal espera terminar de
"picotar" o último A300 -com 208 lugares e que foi usado em rotas
internacionais- em três dias.
O espólio da Vasp ocupa 118 mil metros quadrados em Congonhas -7% da
área do aeroporto. A ideia do CNJ é que numa segunda etapa sejam leiloados
prédios antes usados pela companhia.
Um hangar de manutenção não pode ser retomado porque restam nele 80 mil
peças de reposição que integram a massa falida e devem ser leiloados, após a
sucata dos aviões desmontados neste mês.
(Fonte: Jornal Folha de S. Paulo)
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