Segundo o último “UNWT World Tourism Barometer” da OMT - Organização Mundial de Turismo, o número de viajantes internacionais deve chegar à marca de 1 bilhão neste ano, com um aumento de 3% em relação a 2011, apesar da recessão na Europa. No ano passado, o número de viagens internacionais cresceu 4,4% (menos que a previsão inicial de 5%, depois atualizada para 4,5%), totalizando 980 milhões de pessoas - foram 939 milhões em 2010.
Segundo Taleb Rifai, secretário-geral da OMT, 2011 foi um "bom ano turístico" para uma indústria responsável por 5% do PIB mundial, 6% de suas exportações e 12% dos empregos, apesar dos problemas econômicos na Europa e América do Norte, desastres naturais no Japão e instabilidade política no Norte da África e Oriente Médio. Ele destacou os resultados "surpreendentes" em mercados com situações difíceis como a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, que fecharam o ano com crescimentos em 14%, 13%, 10% e 8%, respectivamente.
Rifai destacou ainda os bons desempenhos de mercados emergentes como a Rússia, Brasil e China, mas descartou que eles alterem o atual ranking mundial de destinos turísticos. Por região, a Europa apresentou o melhor aumento de 6% no número de chegadas internacionais (503 milhões), enquanto a América do Sul foi a sub-região com melhor performance (+10%). Na Ásia Pacífico, o crescimento no número de viagens foi de 6% (216 milhões), enquanto que nas Américas o aumento foi de 4% (156 milhões) e a África registrou estabilidade no número de viagens internacionais (50 milhões). Finalmente, o Oriente Médio como um todo registrou uma queda de 5% no número de chegadas internacionais, para 55 milhões - apesar do registro de crescimento sustentado em destinos como a Arábia Saudita, Omam e Emirados Árabes Unidos.
Apesar de não ter ainda os valores definitivos, os dados disponíveis sobre receitas turísticas internacionais em 2011 indicam resultados próximos aos de número de chegadas. As receitas aumentaram significativamente em destinos turísticos tradicionais como os EUA (+12%), Espanha (9%), Hong Kong (+25%) e o Reino Unido (+7%). Os principais gastadores (países cujos cidadãos registram os maiores gastos em viagens internacionais) foram os países emergentes como a China (+38%), Brasil (+32%), Índia (+32%) e Rússia (+21%), seguidos de mercados tradicionais como os EUA (+55) e a Alemanha (+4%) - as evoluções percentuais são em relação aos gastos de 2010.
(Fonte : Business Travel Magazine)
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