terça-feira, 12 de julho de 2011

CONTRATO DE COMPRA E VENDA DA WEBJET SERÁ ASSINADO EM ATÉ 10 DIAS


A Gol e a Webjet ainda não assinaram o contrato de compra e venda da empresa. A formalização do negócio, anunciado na última sexta-feira, deve ser concluída nos próximos dez dias, segundo o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.
Até o momento, a Gol firmou apenas um memorando de entendimentos para a compra de 100% da Webjet pelo valor de R$ 310 milhões. O negócio depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Gol deverá comunicar o Cade em até 15 dias após o fechamento do negócio. O comunicado depende da assinatura do contrato de compra e venda. Já a Anac não define um prazo máximo para que as empresas a informem sobre aquisições. “Mas a pressa é nossa e queremos iniciar esse processo o quanto antes”, afirma o empresário.
A companhia deve concluir o processo de “due diligence” (análise da contabilidade da empresa) entre 30 e 45 dias. O procedimento é comum em caso de fusões e aquisições para avaliar se há problemas financeiros na companhia adquirida.
A compra da Webjet adicionou 5% de participação de mercado na operação da Gol, que passa e deter cerca de 40% do transporte aéreo regular de passageiros. A Gol deve incorporar as operações da Webjet e extinguir a marca.

GOL VAI ELIMINAR MARCA WEBJET E RENOVAR FROTA DA EMPRESA

A Gol pretende excluir a marca Webjet e incorporar totalmente as operações da empresa. O processo iniciará assim que a aquisição, anunciada nesta sexta-feira, for aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Até lá, as duas companhias continuam a operar separadamente.
A integração de Gol e Webjet deve gerar uma sinergia de R$ 100 milhões em dois anos. Os principais ganhos são os slots (horários de pouso ou decolagem) da Webjet em aeroportos concorridos, como os de Brasília, Guarulhos e o Santos Dumont (Rio).
“Com esses slots, teremos condições de ampliar a nossa oferta de voos diretores entre as principais cidades brasileiras”, disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, em conferência à imprensa nesta segunda-feira.
A Gol pretende renovar a frota da Webjet com os modelos padrão da Gol – o Boeing 737-700 e 737-800. Hoje, a Webjet opera 24 aeronaves de uma geração anterior (Boeing 737-300), o que faz com que seu custo de manutenção seja mais elevado. “Temos condições de renovar toda a frota da Webjet em um prazo de 18 a 24 meses”, diz Constantino.
A empresa estuda algumas alternativas de curto e longo prazo para subsituir as aeronaves. No curto prazo, a Gol pode renonar seus contratos de leasing e transferir suas aeronaves para a Webjet ou fazer novos contratos de arrendamento. "A tendência é ampliar nossos pedidos com a Boeing", diz Constantino. O prazo de entrega de uma nova aeronave é de quase cinco anos.
O presidente da Gol evitou informar o prazo esperado pela companhia para a aprovação das empresas pelo Cade. Ele disse, no entanto, que deve solicitar ao órgão que a Gol possa integrar parte das operações da Webjet antes do julgamento.
A meta da Gol é iniciar acordos de code-share com a Webjet, o que permitirá que a aeronave de uma empresa transporte passageiros que compraram a passagem no site da outra. A companhia também vai solicitar ao Cade que os passageiros que voem pela Webjet consigam pontuar no programa de fidelidade da Gol, o Smiles.

Concentração
Constantino afirmou que a aquisição da Webjet faz parte de uma tendência global de consolidação no setor aéreo. Mas, segundo ele, isso não trará um aumento no preços das passagens. “Mesmo quando tivemos 90% do mercado aéreo controlado por duas empresas [TAM e Gol] o preço das passagens não interrompeu sua trajetória decrescente”, disse.
O executivo afirma que a empresa eleva sua capacidade de oferecer preços competitivos ao ampliar sua escala de operação.
Constantino também disse que a incorporação da Webjet à operação da Gol não deve gerar demissões. O motivo é que o quadro da companhia é até mais enxuto que o da Gol e boa parte da mão de obra é terceirizada. A Gol possui 18 mil funcionário e, a Webjet, cerca de 1.600.

(Fonte : Portal iG / Economia / imagem divulgação)

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