terça-feira, 31 de maio de 2011

MEDIDAS DO BC ENCARECEM E FREIAM CRÉDITO


As condições de financiamento tiveram nova piora por conta das medidas anunciadas pelo governo desde novembro para segurar o consumo e a inflação.
Pesquisa mensal do Banco Central mostra que os juros bancários subiram pelo 5º mês consecutivo em abril e tiveram nova alta nas duas primeiras semanas de maio.
A taxa média de 39,8% ao ano, no final do mês passado, é a maior em 48 meses.
O custo do crédito ao consumidor já cresceu 20% desde que o governo começou a elevar a taxa básica de juros, restringiu prazos de financiamento e aumentou o imposto sobre empréstimos a partir de dezembro. Para as empresas, avançou 10%.
Juros altos e prazos apertados levaram à expansão moderada do crédito: no ano, até abril, ele cresceu 4,1% em relação ao final de 2010. Se repetida nos próximos quadrimestres, a taxa traria um aumento de 13% no ano, dentro do esperado pelo BC.
O crescimento em 12 meses se manteve em 21%. Mas é possível notar uma queda na concessão de novos empréstimos. Houve redução de 5% no acumulado até abril, ante os últimos meses de 2010.
O recuo foi de 24,5% no financiamento de veículos, modalidade mais afetada pelas medidas do governo.
No ano, a desaceleração é maior nos desembolsos do BNDES e menor no crédito habitacional, que não foi afetado pelas medidas.
Em abril, a média diária de concessões para o consumo superou o verificado em novembro, segundo o BC, mas a consultoria LCA calcula que, descontada a inflação e os efeitos típicos de cada mês do ano, há uma queda de 4%.
Alexandre Andrade, da consultoria Tendências, avalia que o crescimento verificado em abril em relação a março foi pontual e não se repetirá nos próximos meses.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

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