segunda-feira, 11 de abril de 2011

ACHAR VAGAS EM HOTÉIS DE SP FICA CADA VEZ MAIS DIFÍCIL


A cidade de São Paulo tem quase 41 mil quartos em seus mais de 400 hotéis. Mas não é fácil encontrar vaga de hospedagem na cidade. Durante a semana, a Folha ligou para mais de uma dezena de hotéis. Todos estavam lotados. Funcionários da companhia aérea Delta também tiveram dificuldades. Na terça-feira à noite um de seus voos, que ia do aeroporto de Cumbica para Atlanta, teve problemas mecânicos. Para acomodar os 180 passageiros, a empresa procurou hotéis em São Paulo, Guarulhos, Osasco, Jundiaí, Campinas e Barueri. Todos lotados. Os passageiros foram dormir em Bertioga, na Baixada Santista, a 103 km. A explicação é a profusão de feiras e eventos corporativos. Nesta semana, por exemplo, a cidade recebeu, entre outras, a Hair Brasil, feira de produtos de beleza, e a Intermodal, de logística. "São Paulo chegou ao 18º lugar no ranking internacional de eventos. Em 2004, estava em 83º", diz Toni Sando, superintendente da São Paulo Convention and Visitors Bureau, entidade que reúne empresas do setor turístico. Caio Carvalho, presidente da SPTuris, a empresa municipal que cuida do turismo na cidade, afirma que São Paulo vive o melhor momento de sua história na área de turismo e eventos. Mas admite os efeitos colaterais. "O nosso problema é a falta de hotel. Além do gargalo aeroportuário", diz Carvalho, ex-ministro do Turismo.

CONCENTRAÇÃO

A oferta de vagas na hotelaria paulistana não é pequena: é a maior da América do Sul. O Rio tem 25 mil quartos, pouco mais da metade de São Paulo. Buenos Aires, terceira colocada, tem 18 mil. O problema é a concentração da ocupação. Bruno Omori, presidente da seção paulista da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), explica que a busca por hospedagem se concentra nos dias de semana por causa dos eventos corporativos. Durante a semana, alguns hotéis chegam a ter 100% de ocupação. No fim de semana, isso cai para menos de 50%, mas a procura está crescendo. Neste fim de semana, cerca de 140 mil pessoas vieram à cidade para ver o U2. Na maioria dos hotéis da zona sul não cabe mais ninguém. A ocupação em SP está superior a 70%. "Estamos adorando a agenda de shows", diz Leandra Antão, gerente do hotel Radisson Faria Lima. Ela relata que a ocupação nos finais de semana, que ficava em 30% na média, tem crescido e já são frequentes ocupações superiores a 60%.

CIDADE NÃO TEM NOVAS UNIDADES EM CONSTRUÇÃO

Apesar do crescimento constante da ocupação da rede hoteleira em São Paulo, não há novos hotéis em construção na cidade. Até 2014, quando São Paulo deve receber a abertura e uma das semifinais da Copa do Mundo de futebol, a previsão é de um crescimento de mil a 3.000 quartos de hotel, a maioria com reformas dos já existentes. É pouco. O Rio, por exemplo, deve ganhar quase 10 mil novos quartos até 2016, quando a cidade sedia os Jogos Olímpicos. "Não vamos aumentar a oferta por causa da Copa, é por causa do crescimento natural do mercado", diz Bruno Omori, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. Para ele, hotel não é mais um negócio imobiliário. O projeto é sempre muito bem estudado, inclusive com análise de oferta, demanda e perspectivas de crescimento. Chieko Aoki, presidente do grupo Blue Tree de hotéis, comemora o crescimento do mercado e diz que a cidade precisaria, sim, de novos empreendimentos. Mas faltam terrenos para a construção de novos prédios. "Se tivéssemos terrenos nas áreas mais bem localizadas, teria um enxame de construção de hotéis. Mas me pergunta o preço do terreno. É difícil", disse a executiva. "São Paulo teve lá sua época de construção de hotéis nos últimos dez anos, mas agora, com o boom imobiliário, o preço dos terrenos está caro demais para os investidores", diz Toni Sando, da São Paulo Convention and Visitors Bureau. Caio Carvalho, da SPTuris, aponta que a falta de áreas na cidade de São Paulo pode fazer com que investidores procurem oportunidades na região metropolitana. "O preço do terreno é muito alto para construir hotel. Tem empresa estrangeira querendo comprar hotel pronto em São Paulo e não acha, porque ninguém quer vender. Esses grupos vão acabar procurando hotéis na região metropolitana."

SEIS ESTRELAS

O antigo hospital Umberto Primo, também conhecido como hospital Matarazzo, na Bela Vista, pode virar o hotel mais luxuoso da cidade. A Folha revelou o projeto no dia 18 de fevereiro. O diretor-executivo do grupo em São Paulo, Julien de Lapize, admitiu contatos com o fundo de investimentos WWI, que está negociando o imóvel com o fundo de pensão Previ.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

Um comentário:

  1. Muito Interessante!
    Estou trabalhando em um projeto que você vai gostar de saber que já existe e ainda é integrado ao Facebook e Google!
    O My Local foi criado encima da idéia inovadora Aluguel Social, onde hóspedes podem se hospedar se graça na casa de amigos e vice-versa, uma troca de alojamento. Nosso projeto tem um Sistema de Hospedagem Doméstica e Colaborativa integrado ao Google Cloud e Facebook, então divulgamos para milhões de pessoas os imóveis diariamente no google, twitter, facebook, google+! Temos também opção de venda e aluguel de imóveis para proprietários, contrutoras, lançamentos de imóveis, imobiliárias e corretores de imóveis.
    Vamos facilitar a vida das pessoas, o My Local esta crescendo e logo será um marketplace para imóveis inovador e totalmente integrado com sua rede de contatos.
    https://sites.google.com/site/reservalocal/
    Conheça nosso projeto, agradeço ao autor do blog dropsdeturismo.

    ResponderExcluir