terça-feira, 6 de abril de 2010

CTUR DA CNC DEBATE OS GARGALOS DA INFRAESTRUTURA AEROPORTUARIA

O Conselho de Turismo (CTur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoveu, no dia 31 de março, no Rio de Janeiro, um debate sobre os principais gargalos da infraestrutura aeroportuária brasileira, visando à realização dos grandes eventos que o País sediará nos próximos anos, como o Rio + 20 – Fórum de Continuidade da ECO 92 no RJ, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos.
Para falar sobre o assunto, Oswaldo Trigueiros, presidente do CTur, e Eraldo Alves da Cruz, seu vice-presidente, receberam o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroportuárias (Snea), José Marcio Mollo, e o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, Jaime Parreira.
A palestra começou com a apresentação do planejamento da Infraero para os próximos anos, que prevê investimentos da ordem de R$ 6,5 bilhões entre 2011 e 2014, dos quais R$ 5,3 bilhões serão alocados nas cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo, em 2014. Segundo Jaime Parreira, a iniciativa tem como objetivo estabilizar o setor aeroportuário para o período do mundial de futebol e, ainda, atender à demanda pós-evento. A estatal administra 67 aeroportos, 80 unidades de apoio à navegação aérea e 33 terminais de logística de carga em todo o país, concentrando 97% do movimento do transporte aéreo regular nacional – ou 2 milhões de pousos e decolagens e 113 milhões de passageiros. Além dos projetos de infraestrutura aeroportuária, a Infraero investirá também em serviços para os passageiros.
“Estamos agilizando procedimentos para melhorar a qualidade dos serviços prestados, como, por exemplo, a instalação de mais balcões de atendimento e a implementação de novas tecnologias”, disse Parreira. Segundo ele, se o PIB crescer algo em torno de 7% e o preço das passagens permanecer em decréscimo, o volume de passageiros aumentará em cerca de 51% em relação ao presente, o que totalizaria 71 milhões de pessoas utilizando os aeroportos nacionais.
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aeroportuárias, José Márcio Mollo, afirmou estar preocupado com o crescimento da demanda de passageiros. “Diversos aeroportos já apresentam problemas em todo o Brasil”. Mollo trouxe à CNC o diretor técnico do Snea, Ronaldo Jenkins, que apresentou um estudo realizado pela Coope, em parceria com a UFRJ, sobre as perspectivas e soluções para os principais aeroportos do País. Jenkins enfocou principalmente a infraestrutura aeroportuária das cidades que serão sede para os jogos da Copa do Mundo, em 2014, e comparou os aeroportos nacionais a alguns dos maiores do mundo. Segundo o executivo, “para acompanhar o crescimento na demanda, a infraestrutura aeroportuária deverá crescer 41%. E, hoje, o crescimento é de 28%”, afirmou. Jenkins comparou o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com o de Gatwick, em Londres. “Nosso maior aeroporto ocupa o 62º lugar no ranking dos mais movimentados do mundo, mas poderíamos ter uma classificação melhor se os espaços fossem melhor ocupados”, afirmou. “A Copa do Mundo não é o nosso grande problema. Até lá, as medidas paliativas que vêm sendo adotadas pela Infraero serão suficiente para absorver a demanda. A questão é crítica na movimentação diária, até lá, e no pós-Copa, que certamente aumentará o fluxo de turistas. A estrutura está aquém da necessidade da população”, afirma.

(Fonte – Portal do Comercio / CNC)

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