quarta-feira, 24 de março de 2010

ATIVAÇÃO DE CARTÕES COM CHIP AUMENTA COM A REJEIÇÃO DA TARJA MAGNÉTICA

Embora seja um dos países mais avançados do mundo na adoção do chip para cartões de crédito e débito, o Brasil registrou prejuízo de pelo menos R$ 40 milhões em 2009, com fraudes contra esses plásticos - clonagem e outros tipos de golpes. Os dados são da Horus, empresa especializada em controle e prevenção a fraudes em meios eletrônicos de pagamento. Uma das explicações para isto é a manutenção de duas tecnologias no mesmo plástico. Os cartões ganharam o chip, mas não perderam a tarja magnética que permite o acesso aos dados.
Em alguns países já é grande o número de estabelecimentos onde os plásticos sem chip não são aceitos. Outros países já anunciaram a data para o fim das transações com dados reconhecidos pela tradicional faixa marrom, como o Canadá, por exemplo (em 2012 nos caixas eletrônicos e em 2015 nos pontos de venda). O sócio-diretor da Horus, Eduardo Daghum, explica que o chip possibilita a criptografia dos dados que ficam codificados de maneira inviolável e são decifrados somente com o uso de senhas.
“No Brasil ainda não existe notícia de nenhum acesso indevido aos dados do cartão por meio da invasão dos chips. Mas, como os mesmos dados ficam disponíveis também para o uso da tarja magnética, é por lá que os fraudadores continuam conseguindo sucesso em suas ações”, diz Daghum. Segundo ele, o ideal seria deixar somente os chips nos cartões, eliminando totalmente a existência da tarja.
Uma reportagem recente publicada pelo jornal The New York Times revelou que os americanos estão encontrando dificuldades para usar seus cartões de crédito e bancários quando viajam ao exterior. É que os plásticos dos EUA não têm os chips adotados em vários destes países. Uma senhora ouvida pela reportagem dizia ter tentado alugar uma bicicleta em um serviço público que existe em Paris, mas não conseguiu apesar de tentar em vários lugares. Outros americanos entrevistados disseram estar carregando dinheiro vivo quando viajam ao exterior, para a eventualidade do caixa automático não permitir o saque quando passarem o cartão.
O texto do jornal americano diz que na Europa, grandes restaurantes, hotéis e a maioria dos caixas automáticos continuam a aceitar a tarja magnética, mas lugares menores, como postos de gasolina, estacionamentos e quiosques de venda automática das estações ferroviárias, não. A Smart Card Alliance, organização sem fins lucrativos que incentiva o uso dos chips, informa que a tecnologia já foi adotada por 22 países, sendo a maioria da Europa, Brasil, México e Japão. Nos próximos dois anos, deverá ser adotada por mais países, inclusive China, Índia e maioria da América Latina.

(Fonte : Business Travel Magazine / HotNews)

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