BARCELONA – Os usuários do transporte aéreo
pelo mundo são cada vez mais autônomos, isto é, preferindo tecnologia ao
contato humano nas reservas, check-in e até no despacho e recolhimento de
bagagens. Está aí uma mensagem clara da empresa de tecnologia e infraestrutura
aeroportuária Sita durante o seu Air Transport IT Summit 2016, em Barcelona,
que acontece nesta quarta e quinta-feira. Mais da metade (55%) dos nove mil
passageiros pesquisados em todos os continentes usa ao menos um método
tecnológico em algum estágio da jornada.
Ainda segundo a pesquisa, 91% dos
passageiros que já usaram dispositivos tecnológicos em pelo menos algum dos
estágios (reserva, check-in, despacho ou retirada de bagagens) repetirão a
prática. Ano passado, 80% dos passageiros registraram que tiveram uma
experiência positiva usando tecnologia relacionada ao transporte aéreo, número
que este ano subiu para 85%. Isso mostra, segundo a Sita, que notavelmente os
passageiros estão mais satisfeitos nas etapas em que eles têm mais escolha no
controle de suas viagens. Ao responder apenas sobre reservas, 93% garantiram
ter passado por uma experiência positiva.
Segundo o estudo, “uma vez que as pessoas
estão cada vez mais convergindo do ‘cara a cara’ da interação humana para o self-service oferecido pela
tecnologia, elas não querem voltar atrás. Pelo contrário, a tendência é que a
oferta tecnológica só cresça, pois mesmo que o passageiro não esteja satisfeito
com as plataformas atuais, ele tende a achar uma alternativa em vez de optar
pelo contato humano.”
A Sita ainda aponta que 92% dos passageiros
adeptos ao self-service usam
dispositivos digitais para reservar, dos quais 75% via website, 16% via
aplicativos móveis e 1% em totens de aeroporto. “Isso mostra que os passageiros
estão preferindo usar suas próprias tecnologias quando eles têm a opção de
fazê-lo”, aponta a especialista em Pesquisas da Sita, Christelle Laverriere.
“Por isso a maior satisfação com os dispositivos está nos primeiros estágios da
jornada, como reserva e check-in, e esse contentamento cai em pontos onde o
contato humano ainda é maior, como despacho de bagagens, checagem de segurança
e controles de fronteira, pontos em que tecnologia ainda é limitada pelo
mundo.”
Para o CEO da Sita, Francesco Violante,
saber que os passageiros preferem usar seus próprios dispositivos dá confiança
às companhias aéreas, aeroportos e governos para transformarem a experiência de
segurança, controle de fronteira e de recolhimento de bagagem. “A tecnologia
está disponível para todos esses estágios e a indústria pode confiar que os
passageiros vão recebê-la muito bem.”
(Fonte : Panrotas / Imagem divulgação)
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