terça-feira, 17 de julho de 2012

DÓLAR SEGUE EM ALTA E OPERA NO PATAMAR DE R$ 2,04



No primeiro pregão da semana, com a falta de dados fortes para animarem ou derrubaram os índices acionários de maneira significativa, o dólar oscila em leve alta ante o real nesta segunda-feira (16/7).
A moeda americana registrava valorização de 0,24%, negociada a R$ 2,040 para compra e R$ 2,042 para venda.
Apesar de a divisa oscilar em torno de R$ 2,00 a R$ 2,05 nos últimos dias, sem sinais de que a recente trajetória ascendente irá alterar seu rumo, os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o boletim Focus mantiveram inalterada sua projeção de R$ 1,95 para o dólar ao fim de 2012.
Para 2013, a estimativa foi elevada de R$ 1,94 para R$ 1,95.
"Nada indica que o dólar possa retornar a R$ 1,95 ao final deste ano, muito pelo contrário, tudo sugere uma taxa mais elevada, pois há reais e criveis razões para se colocar em perspectiva um fluxo cambial muito apertado ou até mesmo negativo neste segundo semestre", afirma Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, em relatório.
Entre os fatores que justificam um fluxo de capital menor no país nos próximos meses, o especialista destaca a falta de uma solução definitiva para a crise fiscal na Europa.
"O cenário crônico da crise na Europa está deixando muito evidente que a preservação da liquidez e da segurança faz retroceder, cada vez mais, os investimentos de qualquer natureza nos países emergentes", diz Nehme.
"Evidência incontestável é a crescente tendência dos europeus aplicarem recursos em papéis que consideram seguros, mesmo que com juro negativo, e o aumento de demanda dos títulos americanos", acrescenta.
A desaceleração no crescimento da China, com reflexos diretos para as exportações brasileiras, também é ressaltado pelo diretor da NGO, como outro fator que pode afugentar o capital estrangeiro do mercado doméstico durante o segundo semestre do ano.
"O ambiente global não sugere otimismos, mas sim severa cautela e precaução, porém para não afundar, ocorre sistematicamente a excessiva valorização de dados positivos, embora frágeis, e nem sempre observação mais crítica e atenta aos dados negativos", pontua Nehme.
Durante as próximas sessões, a tendência que deve prevalecer é da cotação do dólar rumar para a barreira de R$ 2,10, imposta pelo BC, forçando a autoridade a voltar a vender a moeda no mercado, fala o especialista da NGO.


(Fonte : J. Brasil Econômico / imagem divulgação)

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