terça-feira, 22 de maio de 2012

VIAGEM CORPORATIVA IMPULSIONA ALIANÇA


A busca por uma melhor gestão de custos em viagens corporativas está levando a uma onda de parcerias no setor. A Alatur, especializada na atividade, fechou aliança com uma player global da área, a Acquis Consulting. Através do acordo, a Acquis trará ao País sua expertise no mercado de mobilidade corporativa, especialmente em práticas de expense management (designação dos sistemas implantados por uma empresa para processar e auditar despesas com os deslocamentos de seus funcionários). Trata-se de um campo promissor: no Brasil, 50% dos gastos com viagens corporativas não são gerenciados, ao passo que nos EUA 90% das grandes corporações o fazem. A operação foi revelada pela companhia com exclusividade ao DCI.
E ontem outra novidade agitou este mercado: a Egencia, uma aliança global de empresas de viagens corporativas — representada no Brasil pela agência Tour House — acaba de anunciar uma nova parceria com a russa Zelenski Soluções de Viagens Corporativas (ZCTS). A ZCTS está no setor desde 1997 e criou uma solução on-line de gestão de viagens que é pioneira no mercado. A rede Egencia passa agora a contar com atuação direta em 47 mercados ao redor do planeta. “Com mais esta estratégica conexão internacional, agregamos valor aos clientes brasileiros que rotineiramente realizam ou participam de viagens de negócios e incentivo pelo mundo”, afirma Carlos Prado, presidente da Tour House.
Já Marcos Balsamão, vice-presidente do Grupo Alatur, comemora o acordo com a Acquis. Ele acredita que um dos frutos desta parceria para os clientes será uma economia de 70 a 80% do tempo gasto com auditorias para aprovar as despesas de viagem. “O expense management é hoje um ponto de enorme preocupação nas empresas”.

Mercado vigoroso...

A Alatur navega em uma atividade em forte expansão: no Brasil, em 2011, o setor de viagens corporativas movimentou mais de R$ 25 bilhões e resultou em um aporte na economia superior a R$ 47 bilhões, gerando mais de 251 mil empregos diretos. Balsamão fala do desempenho do Grupo: “Nosso volume de transações cresceu 25% no ano passado ante 2010, e para 2012 a projeção é que a Alatur se expanda outros 10%.” Dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) mostram que a ida de profissionais do País ao exterior cresceu 116% de 2005 a 2010 mas, para 2012 — com a possível desaceleração da economia e o aumento das passagens aéreas em 53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — a expectativa é de redução do volume de viagens corporativas. Ainda assim, os resultados devem ser positivos.
A entrada no setor de óleo e gás é mesmo a grande aposta da Alatur. Há muito que ser feito em termos de gestão de viagens ali. As economias para as companhias prometem ser substanciais — uma empresa suíça, por exemplo, recentemente anunciou ter sido capaz de poupar US$ 94 mil nos deslocamentos de seus funcionários ao redor do planeta em pouco menos de dois anos ao entregar a gestão de suas viagens de negócios à profissionais locais da área de turismo corporativo.

... e suas perspectivas

A empresa que contrata os serviços de uma agência de viagens de negócios recebe muito mais do que a reserva e a emissão da passagem. O pacote de serviços oferecido passa pela análise e elaboração da política de viagens, definição de fornecedores preferenciais da cadeia de distribuição, definição dos canais de solicitação dos serviços (on-line e off-line), segurança do viajante, mobilidade corporativa, relatórios gerenciais e monitoramento do comportamento dos funcionários ao longo do deslocamento. Trata-se da gestão completa do programa de viagens, os quais hoje se encontram entre o segundo e terceiro maiores gastos de uma corporação.
A divisão das empresas do setor em diversas frentes operacionais é uma outra tendência, a qual responde à cada vez maior complexidade da atividade. A Alatur, por exemplo, conta hoje com quatro unidades de negócios: Alatur Viagens Corporativas, Alatur Eventos e Incentivos, Alatur Viagens Pessoais e a HRG Brasil — esta, fruto de outra parceria da companhia, com o grupo internacional HRG Worldwide. Além disso, a companhia mantém uma joint venture com a MCI, empresa global líder no gerenciamento de associações, comunicação e eventos. E há, é claro, a recém-criada divisão voltada às empresas de óleo e gás.
O setor enfrenta alguns problemas: “Um de nossos gargalos é a estrutura aeroportuária do País, que precisa melhorar bastante”, afirma Balsamão. “A falta de espaço em nossos portos e aeroportos é um limitador da expansão das operações das empresas, assim como afeta a qualidade do atendimento para esta demanda. Destaco também a dificuldade para encontrar profissionais qualificados, outro grande obstáculo às companhias.”
“Nosso desafio é manter o cliente diariamente satisfeito em um mercado que está superaquecido”, finaliza o executivo. “Isto significa propiciar ao viajante corporativo tranquilidade, para que ele possa focar seus negócios, e, ao gestor, a certeza do controle e da minimização dos custos nas contas das viagens de negócios de sua empresa.”

(Fonte : DCI)

Nenhum comentário:

Postar um comentário