terça-feira, 27 de março de 2012

EUA DIZEM QUE VÃO FACILITAR ENTRADA DE BRASILEIROS A TRABALHO

 
A diplomacia dos EUA anunciou nesta segunda-feira a intenção de incluir o Brasil em um projeto-piloto que visa facilitar a passagem pela alfândega norte-americana de cidadãos brasileiros que viajam regularmente aos país.
Chamado Global Entry, o programa está disponível para cidadãos norte-americanos, holandeses e mexicanos, mas sua aprovação ainda depende do governo brasileiro.
Ele vai permitir que trabalhadores que viajam regularmente aos EUA, como pilotos de empresas aéreas, jornalistas e empresários, evitem a fila de controle de passaportes.
Caso seja aprovado, o viajante ganhará uma carteirinha do programa. Ao chegar no aeroporto de destino, deve passar por um guichê digital que emite um recibo que o libera para pegar a bagagem.
Para se cadastrar, o viajante deverá pagar uma taxa de 100 dólares ao governo americano e esperar por uma resposta. O projeto inicialmente não irá contemplar viagens a turismo.
Os usuários passarão por uma checagem rigorosa de dados, segundo o consulado. A taxa não será devolvida caso a resposta seja negativa.
Aprovado, o interessado pode agendar uma entrevista presencial, que será feita inicialmente nos EUA, segundo o Consulado Americano em São Paulo. A medida é mais uma que visa facilitar a entrada de brasileiros no país.
Em janeiro, o presidente Barack Obama anunciou que os consulados do país teriam maior agilidade no atendimento, menor tempo para emissão do visto de não-imigrante e dispensa da entrevista para certas categorias, como jovens e idosos.
Outra medida foi dobrar o número de funcionários que fazem as entrevistas nos consulados do Brasil.

EUA QUEREM 'FURA-FILA' PARA BRASILEIRO NA ENTRADA DO PAÍS

O governo dos EUA pretende criar fila rápida na imigração americana para facilitar a entrada de viajantes brasileiros frequentes no país.
Entrar nessa fileira expressa dispensaria pegar a fila da imigração convencional, que chega a demorar uma hora.
Por US$ 100 (R$ 181), o viajante brasileiro faria o controle de passaporte em um equipamento semelhante aos totens de check-in dos aeroportos; o processo todo leva menos de três minutos.
A intenção é abrir de 150 a 500 vagas em um projeto piloto cujo início está previsto para maio ou junho, segundo o governo americano.
A execução depende de acordo com o governo brasileiro. As duas partes estão em negociação. Procurado, o Itamaraty disse que o tema está com o Ministério da Justiça, que não deu detalhes.
Apresentado ontem, o plano dos EUA é incluir o Brasil no programa "Global Entry". Entre os países que não fazem fronteira com os EUA, só a Holanda adota o projeto. Vinte aeroportos americanos têm as máquinas, entre os quais Miami e Nova York.
O objetivo, dizem os EUA, é beneficiar visitantes de "baixo risco". Poderão se candidatar os brasileiros sem antecedentes criminais e que já tenham visto (que custa ao menos R$ 291). No início, serão convidados jornalistas, empresários e tripulantes de companhias aéreas.
Numa segunda etapa, turistas também poderão se inscrever. O estágio inicial levará até um ano e meio, segundo Jaime Ramsey, adido de alfândega e proteção de fronteiras dos EUA, e poderá ter até 1.500 vagas ao final.
É um número pequeno ainda. Em 2011, a embaixada avaliou 944,8 mil vistos, dos quais 95% foram concedidos.
O início modesto se deve ao fato de ser um projeto piloto, disse o embaixador Thomas Shannon. A ideia, segundo ele, é estender a medida para todos os brasileiros que viajam para os EUA.
O processo de candidatura exige entrevista pessoal, que pode ocorrer no Brasil ou nos EUA, segundo Ramsey. Se a possibilidade de entrada expressa for negada, o dinheiro não será ressarcido.
Uma vez assinado o acordo, os EUA planejam pedir que o Brasil adote fila expressa para americanos na Copa.

NÃO PRECISA MADRUGAR NA FILA, DIZEM EUA

A Embaixada dos EUA disse que não é mais necessário chegar de madrugada para a entrevista do visto. A ida é agendada e basta chegar 15 minutos antes, afirma a embaixada. O órgão dobrou neste ano o número de atendentes para reduzir a espera pelo agendamento; ontem, em SP, ela era de 50 dias. Em 2011, chegou a 90.

(Fonte : Folha Uol e Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)

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